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Desvalorização cambial eleva preços de alimento e combustível

Para o Banco Mundial, os preços elevados da energia, que servem como insumos para a produção agrícola, têm puxado para cima a cotação dos alimentos

Exportação de grãos

O Banco Mundial projeta ainda que os preços agrícolas devem recuar 5% no próximo ano | Foto: Getty Images

A desvalorização nas moedas da maioria dos países em desenvolvimento leva os preços de alimentos e combustíveis para cima, o que poderia provocar crises nestas duas frentes já enfrentadas por muitos deles. A análise está no mais recente relatório Perspectiva do Mercado de Commodities do Banco Mundial.

Em termos de dólares, os preços da maioria das commodities caíram de seus picos recentes, em meio a temores de uma recessão global, nota o documento.

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Desde a invasão da Rússia na Ucrânia, em fevereiro de 2022, até o fim do mês passado, o preço do Brent em dólares recuou quase 6%. Ainda assim, graças a desvalorizações cambiais, quase 60% dos emergentes que importam o óleo viram um aumento nos preços domésticos do produto neste intervalo.

Quase 90% dessas economias também viram um crescimento maior nos preços do trigo, em moeda local, na comparação com o avanço visto em dólares, informou o relatório.

Os preços elevados em energia que servem como insumos para a produção agrícola têm puxado para cima os valores dos alimentos, aponta o Banco Mundial.

“Os preços de muitas commodities recuaram em comparação a picos recentes, mas ainda estão altos na comparação com o nível médio de seus últimos cinco anos”, afirma em comunicado Pablo Saavedra, vice-presidente para Crescimento, Finanças e Instituições Equitativas do Banco Mundial. “Uma série de políticas é necessária para apoiar a oferta, facilitar a distribuição e apoiar a renda real”, afirma ele.

O Banco Mundial projeta ainda que os preços agrícolas devem recuar 5% no próximo ano. Já a perspectiva para os preços das commodities está “sujeita a muitos riscos”, com preocupações sobre a oferta de energia, sobretudo na Europa.

A entidade diz ainda que temores com uma possível recessão global em 2023 já têm contribuído para um forte declínio dos preços de cobre e alumínio. (AE)

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