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Disparada do petróleo mobiliza governo para conter repasse

Custo para reduzir em R$1 o preço do litro da gasolina e diesel seria de R$ 8 bilhões por mês, segundo cálculo do Banco Safra

Etanol

Uma queda no preço do combustível fóssil levaria a uma perda de competitividade adicional para o etanol | Foto: Getty Images


Enquanto integrantes do governo e Senadores buscam uma solução para a forte alta no preço dos combustíveis, no embalo da disparada do petróleo, a equipe econômica não quer uma medida que vá contra o Teto de Gastos, nem mesmo soluções que impactem diretamente a Petrobras.

Há um leque grande de opções na mesa, mas nenhuma será fácil ou barata. Analistas do Banco Safra estimam que o custo para reduzir R$1 no preço da gasolina e diesel seria de R$ 8 bilhões por mês, o que pressionaria o já apertado orçamento do governo.

Para a Petrobras, a melhor opção seria um subsídio da União com a manutenção de um preço de referência baseado na paridade internacional, apesar de isso onerar orçamento do governo. A pior medida para a PETR4 seria um congelamento de preços, uma vez que se perderia com a alta do petróleo e ficaria evidente a interferência na Cia.

Projeto de redução do ICMS nos combustíveis ganha força com disparada do petróleo

Outra solução potencial em discussão seria o projeto do ICMS, que reduziria imposto arrecadado pelos Estados e seria a opção menos dolorosa do ponto de vista fiscal e corporativo. Mas, essa alternativa é complicada visto que os governadores precisariam abrir mão de arrecadação, fato difícil de acontecer considerando que estamos em ano eleitoral.

Para players de etanol, o Banco Safra destaca que o preço de etanol começou a cair pela questão da temporada de colheita e também perdeu competitividade nos últimos meses por causa da defasagem de preços de gasolina.

Uma queda no preço do combustível fóssil levaria a uma perda de competitividade adicional para o etanol. Para as distribuidoras de combustível, se houver subsídio com redução de preços na bomba, o impacto inicial seria negativo, uma vez que os estoques seriam reavaliados para baixo, gerando um prejuízo.

Olhando para frente, com preços mais baixos, poderíamos potencialmente ver aumento no volume de vendas, o que compensaria parte da perda no valor dos estoques.

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