Dólar fecha em alta e alcança R$ 5,25, o maior nível desde fevereiro

O dólar renovou os ganhos nesta sexta-feira, 24, e chegou ao maior valor em mais de quatro meses. A moeda americana fechou em alta de 0,44% e foi cotada em R$ 5,25, o maior patamar desde 11 de fevereiro (R$ 5,24).

Com o resultado, na semana a moeda americana avançou 2,11%. No mês acumula alta de pouco mais de 11% no mês. No ano, entretanto, tem desvalorização de pouco mais de 5% frente ao real.

Saiba mais

• Prévia da inflação de junho acelera com alta nos planos de saúde
• Multimercados buscam navegar no aumento global de juros
• Invista com segurança e baixo valor de aplicação

Os investidores passaram a semana temerosos quanto a uma recessão mundial a medida que as principais economias imprimem medidas monetárias para conter a alta da inflação.

Juros mais altos, principalmente nos Estados Unidos, tendem a valorizar o dólar frente às outras divisas, pois, os investidores se voltam para os títulos de dívidas americanos, considerados os mais seguros do mundo.

No Brasil, o risco fiscal com a tentativa do governo e de aliados em mudar a Lei das Estatais para tentar interferir na governança da Petrobras, também ficou no radar do mercado.

Além disso, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a prévia da inflação de junho, o IPCS-15 nesta sexta-feira.

Pelos dados, o IPCA-15 acelerou em junho para 0,69%, ficando 0,10 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em maio (0,59%). O subitem de maior influência na taxa do mês foi o de planos de saúde, que subiu 2,99% e representou 0,10 p.p. no resultado de junho.

Já no acumulado do ano, o IPCA-15 tem alta de 5,65% enquanto nos últimos 12 meses, a taxa desacelerou para 12,04%, abaixo dos 12,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2021, o índice foi de 0,83%.