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Dólar sobe a R$ 5,46, maior valor em seis meses

A moeda americana subiu 0,74% e foi vendida a R$ 5,46, depois de oscilar entre R$ 5,39 e R$ 5,47; com isso, acumula alta de cerca de 4,5% no mês

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Os investidores estão de olho nas perspectivas de recessão global que fazem com que empresas repensem investimentos e contratações | Foto: Getty Images

O dólar fecha em alta nesta quarta-feira com os investidores monitorando os sinais das políticas monetárias dos Estados Unidos e da Europa. A moeda americana subiu 0,74% e foi vendida a R$ 5,46, depois de oscilar entre R$ 5,39 e R$ 5,47.

Com o resultado, a moeda americana acumula alta de perto de 4,5% no mês. No ano, no entanto, ainda tem desvalorização de quase 2% frente ao real.

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Os investidores estão de olho nas perspectivas de recessão global que fazem com que empresas repensem investimentos e contratações. “Dólar segue em alta, não só frente ao real, mas sobre o peso argentino, sobre o qual atingiu o novo recorde. Para muitos, ele deve passar a ficar mais valorizado que o euro com o passar do tempo”, disse Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações da Ação Brasil.

A expectativa é de que o Banco Central Europeu (BCE) eleve na quinta-feira os juros pela primeira vez em mais de uma década para controlar a inflação recorde, que chegou a 8,6% em junho.

O resultado da inflação na zona do euro no mês passado ficou acima da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço da taxa a 8,4%.

O mercado já projeta uma elevação dos juros em  25 pontos base, mas, o BCE pode debater uma alta de 50 pontos, o que seria uma resposta às fortes pressões inflacionarias. “A Europa vem vivendo dias difíceis com os resquícios da pandemia, inflação elevada, guerra entre Rússia e Ucrânia, e por não poder acompanhar a magnitude da alta de juros que vai acontecer nos EUA, o que naturalmente tira atratividade da sua dívida. Com uma recessão global “contratada”, a Europa pode ser a primeira a mostrar uma contração econômica.”

Na próxima semana, é a vez do Federal Reserve (Fed, banco central americano) definir o ritmo de subida dos juros. A aposta é de que, após dados econômicos que indicam que os Estados Unidos devem entrar em recessão, a alta deve ser mais conservadora e não mais de 100 pontos base como o mercado esperava.

Por aqui, com a proximidade da corrida eleitoral, o clima de desconfiança começa a fazer preço no mercado. Nesta semana, os partidos oficializam as candidaturas em convenções. Na segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro promoveu um encontro com embaixadores pôs em xeque o processo eleitoral no Brasil.

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