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Dólar volta a subir com temor fiscal e reflexos da guerra

Câmbio segue volátil com discussões sobre sobre combustíveis e instabilidade do petróleo, e dólar volta a subir após abrir em queda

dólar

A cotação do dólar fechou em R$ 5,1591, com alta de 0,76% no mercado à vista, após cair no começo dos negócios | Foto: Getty Images

O dólar ganhou força e renovou máximas na manhã desta terça-fera, 15, véspera de decisões de juros do Copom e do Federal Reserve dos EUA. A moeda fechou em R$ 5,1591 (alta de 0,76%) no mercado à vista, após cair à mínima a R$ 5,0941 no começo dos negócios.

O economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, diz que não há um condutor claro dos negócios e a alta é marginal, após a queda do início da sessão. “Sobe por ajuste natural em cenário de incertezas com continuidade da guerra na Ucrânia, a alta da inflação e expectativas sobre como as autoridades monetárias irão reagir à piora da conjuntura econômica global e no País”, avalia.

Para Sanchez, os mercado de ações na China recuaram hoje porque o Banco Central (Pboc) frustrou as expectativas ao não cortar a taxa de juros de curto prazo, que segue em 2,85% ao ano no país. Sua percepção é de que o diferencial de juros interno e externo deve diminuir com a esperada alta de juros nos EUA amanhã.

Dólar abaixo de R$ 5 não é sustentável tendo em vista os fundamentos da economia brasileira, diz economista

Também avalia que os fundamentos no Brasil não mudaram e que o patamar do dólar abaixo de 5,00 não é sustentável. Tanto que o economista afirma que mantém a sua projeção de dólar a R$ 5,40 no fim do ano, nível considerado mais adequado aos fundamentos do País, que seguem frágeis por causa da questão fiscal, afirma.

Além disso, apesar da ampliação dos ataques de tropas russas na Ucrânia, as conversas diplomáticas para tentar acabar com o conflito no leste europeu persistem e seguem no radar dos mercados. A União Europeia aprovou nesta terça-feira um quarto pacote de sanções contra a Rússia, em resposta à guerra na Ucrânia.

Operadores do mercado afirmam que as commodities e o dólar recuam após a China ampliar as medidas de lockdown para conter a disseminação do coronavírus. O temor é de que possíveis políticas “Covid Zero” afetem a demanda por matéria-prima, com risco de choque na cadeia produtiva. Essas medidas mais agressivas de distanciamento colocam investidores em alerta e se sobrepõem aos dados econômicos chineses acima do esperado. (AE)

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