Eclipse lunar mais longo em quase 600 anos poderá ser visto do Brasil

Um eclipse lunar com três horas de duração poderá ser visto do Brasil nesta sexta-feira, 19.

Segundo a Nasa, o fenômeno terá início por volta das 4h da madrugada de sexta e deve atingir o auge às 6h, quando a Lua terá 97% de sua superfície coberta pela sombra da Terra. Há 580 anos não se via um eclipse com duração tão longa.

Será também uma Lua de Sangue ou Lua Vermelha, alinhamento entre os três corpos celestes que faz com que o satélite pareça vermelho quando visto da Terra. Isso porque a luz solar atravessa a atmosfera terrestre na sua frequência mais curta do espectro visível, a cor vermelha.

O fenômeno, chamado Dispersão de Rayleigh, é o mesmo que explica por que o céu azul e o pôr do sol vermelho. A luz vermelha, informa a Nasa, viaja mais diretamente pela atmosfera atingindo a superfície lunar. Pela mesma razão, o céu parece azul quando o Sol está no zênite e avermelhado quando ele se põe.

O eclipse lunar poderá ser visto em toda a América do Norte, em partes da América do Sul, Polinésia, leste da Austrália e parte da Ásia.

Em boa parte do hemisfério Sul, ele será visto até o seu auge, às 6h, quando a Lua se põe no horizonte. E pode ser percebido antes do início, quando a Lua entra na penumbra da Terra, tornando-se um pouco mais escura.

Eclipse lunar coincide com festivais religiosos na Ásia

Na Tailândia e em países vizinhos, nesta Lua cheia se realiza o festival Loi Krathong, famoso pela distribuição de cestas flutuantes pelos rios do país. No Camboja, a Lua cheia de novembro corresponde ao Bon Om Touk (“Festival de Corridas de Barcos”) de três dias ou ao Festival da Água do Camboja, com corridas de barcos enfeitados.

Em Mianmar, a lunação marca o Tazaungdaing Festival, um festival que celebra a introdução do budismo no país. É lembrado pelo lançamento de balões de ar quente na beira de rios e do mar, às vezes em chamas ou carregados de fogos de artifício.

No Sri Lanka, comemora-se o Poya, festival que celebra a ordenação de sessenta discípulos do Buda como os primeiros missionários budistas.