Economia global entrou em zona perigosa, alerta o Fundo Monetário
Risco de recessão e aumenta a fragilidade da economia mundial, diz a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva
14/10/2022A diretora-geral do Fundo Monetário internacional (FMI), Kristalina Georgieva, reafirmou nesta sexta-feira, 14, durante as reuniões anuais do órgão, que o risco de recessão está crescendo em muitas economias. Segundo ela, o mundo está mais frágil e entrando em uma “zona perigosa”.
Kristalina Georgieva destacou que a alta da inflação foi causada principalmente pelas políticas aplicadas para controlar a pandemia e pela guerra na Ucrânia, e que a prioridade dos governos deve ser baixar o índice.
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Segundo a diretora-geral do Fundo Monetário internacional, 28 países já demonstraram interesse em receber ajuda financeira do órgão. Desde o começo da pandemia, o Fundo já forneceu cerca de US$ 260 bilhões em apoio financeiro a 93 países, segundo o órgão.
Kristalina Georgieva destacou que os empréstimos estão alinhados com o papel “anticíclico” do FMI e que uma das prioridades deverá ser combater a insegurança alimentar.
FMI prevê recessão mais grave na Alemanha e Itália
O diretor do Departamento da Europa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alfred Kammer, acredita que toda a Europa deverá passar por uma desaceleração do crescimento. Segundo ele, países como Alemanha e Itália enfrentarão um período de recessão. Já países como a Espanha deverão escapar do risco.
Kammer destacou ainda, em entrevista coletiva, que o quadro macroeconômico dos países da Europa deverá estar alinhado para combater a inflação. “A inflação deve cair de forma constante no próximo ano, mas permanecerá significativamente acima da meta do banco central.”
Já em análise sobre o Reino Unido em particular, Kammer destacou que o FMI irá avaliar a recalibração fiscal anunciada mais cedo. A declaração vem no mesmo dia em que o Ministro de Finanças do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, deixou o posto, a pedido da primeira-ministra Liz Truss.
O ministro era um dos principais responsáveis pelo plano fiscal do Reino Unido, mal recebido pelo mercado, e Truss também anunciou mudanças na iniciativa. (AE)