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Embargo da China derruba abate bovino ao menor patamar em 18 anos

Mais de 100 mil toneladas de carne estão estocadas no Brasil e podem ser vendidas no mercado interno, o que deve reduzir os preços

Gado abate bovino china

Suspeita do mal da vaca louca levou a China a embargar o produto brasileiro, elevando os estoques de carne | Foto: Getty Images

Com o embargo da China à carne brasileira desde o início de setembro, o abate bovino no Brasil registrou o menor patamar dos últimos 18 anos. Foram abatidas 1,9 milhão de cabeças de gado em outubro no país, contra 2,7 milhões de agosto, mês anterior à decisão da China. As informações são de levantamento divulgado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Antes do bloqueio, em agosto, o Brasil havia abatido 30,7% mais. De acordo com a Safras & Mercado, consultoria especializada em agronegócio, o setor pecuário deixou de arrecadar US$ 2 bilhões (R$ 11 bilhões) do iníico do embargo até agora.

O embargo imposto pela China ocorreu após o governo brasileiro suspender as vendas por causa de dois casos de suspeita da doença conhecida como mal da vaca louca – distúrbio degenerativo e fatal causada pela ingestão do produto contaminado.

Atualmente, mais de 100 mil toneladas de carne estão em estoques no Brasil, enquanto os empresários aguardam uma definição do governo da China. A carne bovina pode ser estocada por 60 dias em média.

Exportação para a China foi suspensa após suspeita de vaca louca, o que afeta o abate bovino

A falta de sinalização do país asiático sobre até quando vai o embargo ao produto brasileiro causa estragos nas exportações. Caso o embargo não seja revogado nos próximos dias, a carne estocada deverá ser comercializada no mercado interno e a tendência é que a queda do preço da carne bovina também puxe para baixo o preço das proteínas suínas e de frango.

A Rússia removeu as restrições que mantinha desde 2017 para as exportações de carne bovina de um frigorífico brasileiro e habilitou outro para iniciar as vendas para lá.

Os dois frigoríficos são da Minerva. As autoridades russas oficializaram a decisão sobre as duas unidades no início da semana passada. A comunicação foi feita à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que esteve em visita oficial ao país. (Com agências)

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