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Emissão de títulos de crédito privado bate recorde e ganha agilidade

Após melhor resultado da história, novas regras da CVM e Anbima garantem mais agilidade e liquidez dos papéis no mercado secundário

Investidora

Mercado de crédito privado encerrou 2022 com R$ 362 bilhões emitidos entre debêntures, CRAs e CRIs | Foto: Getty Images

O ano de 2022, registrou recordes nos volumes de emissão de títulos de crédito privado. O ano também foi marcado por importantes avanços nas normas estabelecidas pela CVM (CVM 160) e Anbima (Marcação a Mercado), vigentes a partir de janeiro de 2023.

As normas visam dar maior agilidade no processo de emissão dos títulos de dívida e maior liquidez dos papéis no mercado secundário, respectivamente. Segundo dados divulgados pela Anbima, em seu Boletim de Mercado de Capitais, o mercado de crédito privado encerrou 2022 com R$ 362 bilhões emitidos entre debêntures, CRAs e CRIs, distribuídos em 604 operações. O montante é o maior já
registrado pela série histórica, ultrapassando o antigo recorde de R$ 309 bilhões registrado em 2021.

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Fonte: Anbima e Banco Safra

O volume de debêntures emitidas atingiu R$ 271 bilhões, sendo 13% em papéis incentivados e 87% em emissões não incentivadas. O prazo médio das emissões seguiu em linha com os vistos nos últimos anos, atingindo 6,3 anos.

Quanto à absorção das emissões no mercado primário em ofertas ICVM/400 e ICVM/476, os intermediários e participantes das ofertas responderam por 45,6%, seguidos pelos fundos de investimento com 44,3% e pessoas físicas com 3,4%.

Fonte: Anbima e Banco Safra

Os CRAs e CRIs (Certificados de Recebíveis Agrícolas e Imobiliários) captaram R$ 91 bilhões em 2022, sendo aproximadamente R$ 41 bilhões em CRAs e R$ 50 bilhões em CRIs. O volume, que representa quase 50% do emitido entre 2016 e 2021, demonstra a ampliação do uso desse tipo de instrumento por companhias de pequeno, médio grande porte.

No mercado externo, as emissões de bonds atingiram US$ 5,5 bilhões, uma queda de 77% vs. 2021 e o menor volume dos últimos 10 anos. O cenário refletiu o fechamento da janela externa para emissores locais, com incremento dos custos de emissão e menor procura por ativos com maior risco associado por parte dos investidores.

Fonte: Anbima e Banco Safra

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