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Enquanto todos elevam juros, o Japão tenta garantir inflação

Com o risco de deflação sobre a economia japonesa nos últimos anos, o Banco do Japão mantém uma política monetária relaxada

Japão

No Japão, o índice Nikkei teve ganhos de 2,19%, aos 27.369,43 pontos nesta segunda-feira | Foto: Getty Images

Enquanto o mundo sobe juros agressivamente na luta contra a inflação, o Japão tenta viabilizar os preços altos por mais tempo. Com o risco de deflação sobre a economia japonesa nos últimos anos, o Banco do Japão (BoJ, banco central local), tem mantido uma política monetária relaxada na tentativa de segurar o nível do índice de preços ao consumidor (CPI), que registrou em abril 2,5%, a maior taxa em 12 meses em 31 anos.

Analistas não veem sustentabilidade da alta nos preços no país. Sayuri Shirai, professora de Economia da Universidade de Keio e membro do conselho do BoJ entre 2011 e 2016, explica que a inflação baixa no Japão nos últimos anos tem relação com um consumo lento, em parte devido ao avanço tímido dos salários, baixa expectativa sobre remunerações futuras e preocupações acerca da longevidade da população. Fatores culturais também pesam, como a relutância de empresas em elevar preços.

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As bolsas asiáticas fecharam em alta robusta nesta segunda-feira, 30, com ganhos superiores a 2% em alguns casos, à medida que metrópoles da China retomam atividades após um período de restrições ligadas à disseminação da covid-19 no país. Entre as cidades chinesas que tiveram regras flexibilizadas estão Pequim e Xangai. Na última, o governo municipal anunciou um plano de recuperação econômica para complementar a reabertura, segundo a mídia estatal.

Banco do Japão promete manter uma acomodação monetária agressiva

O índice acionário Xangai Composto subiu 0,60%, a 3.149,06 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 1,07%, a 1.975,89 pontos. Em outras praças asiáticas, o Hang Seng de Hong Kong, avançou 2,06%, aos 21.123,93 pontos, enquanto o Taiex subiu 2,12% em Taiwan, aos 16.610,62 pontos.

De acordo com veículos da imprensa estatal chinesa, Xangai colocará em prática um plano de recuperação econômica, composto por 50 “políticas ou medidas”, que inclui a retomada do trabalho presencial em todos os setores, esforços para estabilizar a cadeia industrial e de suprimentos local, redução de alugueis, imposto predial e imposto de uso do solo urbano para “empresas qualificadas”, entre outras ações.

As medidas seguem a retirada de restrições a atividades empresariais em Xangai. Na capital Pequim, consumidores voltaram a frequentar lojas e shoppings ontem, segundo informou a Associated Press.

No Japão, o índice Nikkei teve ganhos de 2,19%, aos 27.369,43 pontos. Por lá, repercutiram entre investidores falas do presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko kuroda, que prometeu manter uma acomodação monetária agressiva, de forma a apoiar a recuperação da economia japonesa.

Entre outras praças asiáticas, o sul-coreano Kospi avançou 1,20%, aos 2.669,66 pontos, apoiado por ações de empresas dos setores de tecnologia, internet e químico. Na Coreia do Sul, a Assembleia Nacional aprovou um orçamento suplementar de US$ 49,5 bilhões para apoiar a recuperação econômica do país, informou a imprensa internacional.

Na Oceania, a bolsa australiana também fechou com ganho robusto, em alta de 1,45% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.286,60 pontos. (AE)

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