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EUA abrem novo processo antitruste contra o Facebook

Comissão Federal de Comércio acusa a empresa de eliminar a concorrência de maneira ilegal, ao comprar rivais em potencial

Facebook é acusado de monopólio

Agência federal norte-americana quer também desfazer a compra do WhatsApp e do Instagram pela companhia fundada por Mark Zuckerberg | Foto: Getty Images

A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos abriu nesta quinta-feira, 19, uma nova versão de seu processo antitruste contra o Facebook. Com isso, ela reinicia o seu caso com alegações reforçadas de que a empresa está abusando da posição de monopólio no mercado das redes sociais.

Por 3 votos a 2, a FTC decidiu que o nova ação inclui mais evidências de que a gigante do Vale do Silício é monopolista. A chefe da agência, Lina Khan, participou das deliberações e apoiou o processo.

O Facebook havia pedido para que Khan deixasse o caso. A empresa alegou que o histórico da chefe da agência de criticar grandes empresas de tecnologia tornava impossível para ela ser imparcial no processo.

A FTC, porém, respondeu que não havia razão para que ela ficasse de fora do caso.

Para comissão, Facebook elimina a concorrência de maneira ilegal

As principais acusações do processo anterior contra o Facebook seguem nesta nova investida. A comissão acusa a companhia de Mark Zuckerberg de tentar eliminar a concorrência ilegalmente, comprando rivais em potencial, como a plataforma de mensagens WhatsApp e o aplicativo Instagram. A comissão está tentando desfazer esses negócios.

“O Facebook não tinha visão de negócios e talento técnico para sobreviver à transição para o celular”, acusou a diretora da FTC, Holly Vedova. “Depois de não conseguir competir com os inovadores, o Facebook os comprou ou enterrou ilegalmente quando sua popularidade se tornou uma ameaça existencial”, acrescentou a executiva.

A empresa negou as acusações, dizendo que seu tamanho e sucesso refletem a popularidade de seus produtos e serviços. Argumentou ainda que a FTC está buscando uma reformulação imprópria, depois de ela mesma ter autorizado que o Facebook adquirisse o WhatsApp e o Instagram “sem objeções”. (AE)

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