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Incertezas na Europa sobre o rumo dos juros e outros destaques do dia

Agenda do dia conta com fala de Chris Waller às 13h, do Fed, para avaliar se perspectiva de alívio do BC americano está mantida

O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,02% no último pregão, cotado a 4.864 pontos

Mercados operam em baixa, reagindo a comentários de dirigente de Banco Central Europeu geram incertezas sobre início do ciclo de cortes de juros.

O Ibovespa apresentou alta de +0,41% no último pregão, cotado a 131.520,91 pontos. O ativo está em tendência de alta no médio prazo e neutra no curto. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 130.200. O próximo fica na faixa de 125.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou leve queda de -0,02% no último pregão, cotado a 4.864 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.820 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.745. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.990 e a segunda em 5.110.

Exterior:

Agenda do dia conta com fala de Chris Waller às 13h, do Fed, para avaliar se perspectiva de alívio do BC americano está mantida. Adicionalmente, serão divulgados dado Empire Manufacturing nos EUA e PIB, atividade na indústria e no varejo na China ao final da noite. Do lado corporativo, Morgan Stanley e Goldman Sachs divulgarão os balanços.

Doméstico:

Após reunião com presidente do Senado e Ministro da Fazenda, líder do governo indicou que uma decisão sobre a MP da reoneração da folha de pagamentos só deve sair depois do recesso parlamentar. Dado do setor de serviços sairá às 09h e a expectativa de consenso de mercado é de queda de 0,3% para o indicador em novembro na comparação anual.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD78,9/b; +1,0%)
Minério de ferro registrou alta (USD129,5/t; +1,60%)

Empresas:

Magazine Luiza: Morgan Stanley rebaixou a Magazine Luiza a underweight
Suzano: Mitsui & Co, Suzano estudarão negócio de biomateriais no Brasil
Direcional: Vendas contratadas da Direcional aumentaram 76% a/a para R$ 1,22 bilhão no 4º trimestre, enquanto as da Helbor subiram 53% a/a para R$ 409,3 milhões
Tenda: Cia registrou vendas líquidas de R$ 787,5 milhões no período
3Tentos: Conselho da 3tentos aprovou um plano de investimentos de R$ 2 bilhões entre 2024 e 2030

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – IPC-S/Janeiro
10:30 – EUA – Empire Manufatura/Janeiro
23:00 – China – PIB/4T23 / Produção Industrial/Dezembro / Vendas no Varejo/Dezembro

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 131.521 (+0,41%)
S&P: 4.784 (+0,08%)
Dólar Futuro: R$4,86 (-0,02%)

Atualizações Safra:

Siderurgia e Mineração – prévia do 4T23: Resultados opostos para mineração e siderurgia

Esperamos fortes resultados de mineração, com Vale, Aura, CMIN e CSN sendo os destaques positivos do trimestre, enquanto os fracos resultados de siderurgia no 4T23 colocam Gerdau e Usiminas na ponta negativa. A força dos resultados de mineração se deve a (i) preços mais altos de minério de ferro e ouro, acompanhados por uma forte realização de preços; (ii) menos restrições climáticas do que o esperado na produção; e (iii) real mais fraco. Os resultados de aço devem sofrer pressão devido a (i) fraca sazonalidade da demanda; (ii) preços realizados sequencialmente mais baixos; e (iii) alívio limitado dos custos.
Vale. Prevemos que a Vale reportará um EBITDA ex Brumadinho de US$6,5 bilhões no 4T23, +44% t/t e 3% acima do consenso da Visible Alpha (VA) de US$6,3 bilhões. Os resultados serão impulsionados particularmente pelos preços realizados de minério de ferro, em US$119/t (7% acima do consenso), enquanto prevemos que os embarques do mineral estarão em linha com o consenso da VA, em 90mt. Espera-se que os resultados de cobre melhorem apenas modestamente na comparação trimestral, enquanto os resultados do níquel devem diminuir.

Aura Minerals. Esperamos que a Aura registre EBITDA de US$ 38,3 milhões no 4T23, +27% t/t. Os resultados devem ser impulsionados por maiores embarques de ouro (em 67,2kGEO (+6% t/t)), pelos preços do ouro (em US$1.980/oz (+2% t/t)) e menor custo caixa equivalente, em US$1.047/oz (-6% t/t).
CSN Mineração. Prevemos que a CMIN reportará EBITDA ajustado de R$2,3 bilhões no 4T23, +18% t/t, e 10% acima do consenso VA de R$2,1 bilhões. Os resultados devem ser impulsionados pelos preços realizados de minério de ferro, em US$88/t FOB (3% acima do consenso), apenas parcialmente compensados por embarques mais baixos, em 10,8mt (1% abaixo do consenso), e CPVs/t ligeiramente mais altos.

Usiminas. Prevemos que a Usiminas reportará EBITDA de R$55 milhões no 4T23, um aumento de R$75 milhões t/t, mas bem abaixo do consenso VA de R$169 milhões. Prevemos resultados de mineração mais fortes, de R$329 milhões (29% acima do consenso), ajudados pelo maior preço realizado de minério de ferro, de US$90/t (14% acima do consenso). Do lado negativo, prevemos resultados mais fracos em aço, de R$302 milhões negativos (vs. consenso de R$179 milhões negativos), devido aos preços do aço 4% abaixo do consenso. Prevemos embarques de aço e custo caixa/t em linha com o consenso do VA.
Gerdau. Esperamos que a Gerdau reporte um EBITDA de R$2,0 bilhões no 4T23, uma queda de 39% t/t e 24% abaixo do consenso da VA de R$2,7 bilhões. Prevemos que os resultados do 4T23 ficarão abaixo do consenso da VA para todos os segmentos, devido aos preços realizados abaixo do esperado. Estimamos um EBITDA de (i) R$497 milhões para a divisão de negócios Brasil (33% abaixo do consenso VA); (ii) R$1.030 milhões para a divisão de negócios América do Norte (7% abaixo); (iii) R$328 milhões para a divisão de negócios Aços Especiais (25% abaixo); e (iv) R$288 milhões para a divisão de negócios América do Sul (28% abaixo).

Alimentos e Bebidas – Secex: Segunda semana de janeiro – Volumes fracos, preços sequencialmente melhores
Os números acumulados no mês apontam para receitas de exportação mais baixas em janeiro de 2024. A Secretaria de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgou os dados preliminares de exportação para a segunda semana de janeiro. Os volumes médios diários diminuíram substancialmente em uma base sequencial (tanto em termos de volume quanto de volume médio mensal). A combinação de volumes e preços em janeiro também aponta para receitas menores para as aves, estáveis para a carne suína e próximo dos vinte para a carne bovina, em uma base anual. Em uma destaque mais positivo, os preços melhoraram nesta semana, especialmente para aves e suínos, depois de um desempenho fraco na semana passada (embora tenham permanecido pressionados tanto em relação ao mês quanto ao ano anterior). Os primeiros números de 2024, que mostraram volumes mais fracos e reforçam uma tendência de preços mais baixos e é algo a que devemos prestar atenção, embora os dados sejam insuficientes para indicar uma desaceleração estrutural nas exportações, em nossa opinião, devido à alta volatilidade dos números semanais.

B3: Dados operacionais de dezembro – Um indicativo para o quarto trimestre; resultados moderados
A B3 publicou seus dados operacionais de dezembro, mostrando números ainda moderados para ações, principalmente em função da menor atividade do mercado, como já esperado. Com os dados de dezembro, estimamos agora uma receita líquida de R$2,3 bilhões no 4T23 (estável em relação ao ano anterior e +2% em relação ao trimestre anterior). Mantemos nossa recomendação de Compra para a B3 (nossa top pick dentro de serviços financeiros), pois acreditamos que os valuations são atraentes, considerando que é um player de valor com recuperação de resultados para os próximos dois anos (CAGR de 13%), especialmente considerando o momento mais encorajador para o Brasil.
Resultados moderados, apesar da receita melhor. Incluindo os números de dezembro em nosso modelo, a receita líquida da B3 no 4T23 deve crescer +2,0% t/t (e -0,6% a/a), para R$2,293 bilhões (1,8% acima das estimativas de mercado). No entanto, esperamos um EBITDA ajustado de R$1,527 bilhão para o 4T, uma queda de -6,4% t/t e -8,6% a/a, após uma pressão trimestral sobre as despesas operacionais devido à sazonalidade no 4T, levando a margem EBITDA a 66,6% (vs. 72,4% um ano antes e 72,6% no 3T23). Em suma, a B3 deve apresentar resultados moderados no 4T23, com uma boa evolução da receita compensada por maiores despesas (principalmente relacionadas às novas iniciativas). O resultado líquido da B3 deve totalizar R$1,140 bilhão, um aumento de 1,0% em relação ao ano anterior, mas uma queda de 4,2% em relação ao trimestre anterior. No entanto, acreditamos que a atenção dos investidores estará voltada para a sustentabilidade dos fortes volumes daqui para frente, à luz de uma perspectiva ainda incerta (o volume médio diário negociado por dia em janeiro está rodando em ~R$20 bilhões até agora).

Construtoras: Direcional e Tenda divulgaram prévias operacionais do 4T23
A Direcional reportou números operacionais decentes, permanecendo em grande parte em linha com nossas estimativas. No geral, a empresa manteve a robusta atividade de lançamento do trimestre anterior, enquanto o melhor desempenho de vendas da Direcional foi ligeiramente compensado pelos números mais fracos de vendas da Riva. Mantemos Compra para DIRR3, nosso nome preferido no segmento, destacando o valuation atraente da empresa de 6,3x P/L para 2025E, o que implica um desconto de 15% sobre o múltiplo de Cury. A Tenda relatou outro conjunto de resultados operacionais encorajadores. O trimestre foi marcado por uma forte atividade de lançamento, enquanto as vendas da empresa mantiveram o dinamismo dos trimestres anteriores. Mantemos recomendação de Compra para TEND3. Ainda acreditamos que sua estratégia de construção “fora do local” tem potencial para expandir o mercado endereçável da companhia para áreas com menor concorrência, o que tende a aumentar a lucratividade da empresa no futuro.

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