Exportações da China crescem acima do esperado após restrições da covid
Dados de exportações da China indicam que a segunda maior economia do mundo pode estar superando impactos da pandemia
13/07/2022As exportações da China cresceram mais do que o esperado em junho, com Pequim afrouxando as restrições pela covid-19 para apoiar o crescimento econômico, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira, 13. A Administração Geral de Alfândegas apontou que o superávit comercial do país ficou em US$ 97,94 bilhões em junho, ante US$ 78,8 bilhões em maio. Os economistas consultados previam um superávit de US$ 76,9 bilhões.
Os embarques de saída aumentaram 17,9% em relação ao ano anterior no mês passado, acima da expansão de 16,9% de maio. O resultado superou a previsão mediana de aumento de 12% feita por economistas em pesquisa do The Wall Street Journal. As importações subiram 1% em relação ao ano anterior em junho, abaixo do aumento de 4,1% registrado em maio e do crescimento de 3,6% esperado pelos economistas na pesquisa do The Wall Street Journal. Fonte: Dow Jones Newswires.
Saiba mais
- O aumento dos gastos públicos e os rumos da economia
- Multimercados buscam navegar no aumento global de juros
- Invista com segurança e baixo valor de aplicação
As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta quarta-feira, 13, após a divulgação dos dados de exportação da China indicarem que a segunda maior economia do mundo pode estar superando os impactos da pandemia de covid-19.
Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto teve alta marginal de 0,09%, a 3.284,29 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,93%, a 2.175,59 pontos.
Exportações da China cresceram 17,9% em junho
Em junho, as exportações chinesas tiveram expansão anual de 17,9%, maior do que o ganho de 16,9% de maio e bem acima da projeção de analistas, de 12%, à medida que Pequim removeu uma série de restrições motivadas por surtos de covid-19.
Mais recentemente, porém, a situação da pandemia voltou a piorar na China, gerando temores de que medidas mais severas venham a ser adotadas.
Em outras partes da Ásia, o Nikkei subiu 0,54% em Tóquio hoje, a 26.478,77 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi se valorizou 0,47% em Seul, a 2.328,61 pontos, e o Taiex saltou 2,68% em Taiwan, a 14.324,68 pontos. Exceção, o Hang Seng caiu 0,22% em Hong Kong, a 20.797,95 pontos, pressionado por ações do setor imobiliário.
Embora o apetite por risco tenha predominado, investidores na Ásia e em outras partes do mundo aguardam novos dados de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que serão divulgados nesta manhã. A disparada da inflação nos EUA tem levado o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a aumentar juros de forma agressiva.
Seguindo a postura do Fed, o BC sul-coreano (BoK) elevou nesta quarta seu juro básico em 50 pontos-base, a 2,25%, em seu terceiro ajuste consecutivo.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida por ações de grandes bancos domésticos. O S&P/ASX 200 avançou 0,23% em Sydney, a 6.621,60 pontos. (AE)