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Federal Reserve eleva pela sétima vez a taxa de juros nos EUA

O Fed aumentou em 0,25 ponto percentual os juros nos Estados Unidos; com isso, a taxa fica entre 4,75% e 5% ao ano

Prédio do Federal Reserve

Para o Fed, a quebra dos bancos deve resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e pesar na atividade econômica | Foto: Getty Images

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou novamente uma alta de 0,25 ponto percentual nos juros nos Estados Unidos. Com isso, o intervalo dos juros no país ficou em 4,75% e 5% ao ano. O movimento veio dentro do esperado pelo Banco Safra, que estimava elevação da taxa nesta magnitude.

“O Comitê antecipa que algum endurecimento adicional da política pode ser apropriado para atingir uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo. Ao determinar a extensão dos aumentos futuros no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os desenvolvimentos econômico-financeiros”, informa o comunicado do Fed.

Saiba mais

Na última reunião, o Fed começou afrouxar o ciclo de alta e elevou em 0,25 ponto percentual a taxa de juros americana. Com isso, o intervalo dos juros no país ficou em 4,50% a 4,75% ao ano. Até o evento da quebra dos bancos americanos e o risco de insolvência do sistema bancário, o Federal Reserve tinha como principal preocupação a escalada da inflação.

Em comunicado, o Federal Reserve informou que os acontecimentos recentes devem resultar em condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas e podem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação.

“A extensão desses efeitos é incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, informou o Fed. “O Comitê está preparado para ajustar a orientação da política monetária conforme apropriado caso ocorram riscos que podem impedir o alcance de suas metas.”

Para André Fernandes, da A7 Capital, o Fed veio com um tom mais dovish, mas deixando em aberto uma nova alta de 0,25 p.p na próxima reunião.

“Esse tom dovish podemos observar pela fala em relação às condições de crédito nos EUA. Mesmo citando que o sistema bancário lá está “à salvo e resiliente”, a autoridade informou que as condições de crédito nos EUA devem ficar mais restritivas para famílias e empresas, e isso deve impactar na atividade econômica”, disse Fernandes.

Para Fernandes, o Fed deve vir com mais uma alta de 0,25% na próxima reunião no inicio de maio, pois revisou suas projeções em relação a inflação do consumidor (PCE, na sigla em inglês) para 2023, em 3,3% (anterior 3,1%).

“O mercado já esperava mais aumentos de juros, uma vez que a inflação persiste nos EUA”, disse Elcio Cardozo, da Matriz Capital.

Segundo Alexandre Pierantoni, diretor de Finanças Corporativas da Kroll no Brasil, após a turbulência os governos pelo mundo fizeram o possível para manter o sistema financeiro de pé. “O Fed e os bancos centrais fizeram um acordo para injetar liquidez no mercado. A preocupação é não deixar a situação se alastrtar para outras instituições”, disse.

Confira aqui a íntegra do documento.

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