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Ford separa negócios de veículos elétricos e de motores a combustão

Montadora divulgará balanços financeiros das unidades de elétricos (Ford Model e) e de autos tradicionais separadamente até 2023

Um dos veículos elétricos da Ford, na cor branca, sendo carregado em salão de evento do setor automotivo

Objetivo da Ford é dar mais transparência ao mercado sobre a geração de valor dos veículos elétricos para a companhia | Foto: Getty Images

A montadora Ford informou nesta quarta-feira, 2, que vai reorganizar seus negócios e separar as unidades de veículos elétricos (EVs) e de automóveis com motores a combustão.

O objetivo é dar mais transparência ao mercado sobre a geração de valor dos EVs para a companhia.

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Segundo o portal estadunidense CNBC, o negócio de veículos elétricos da Ford será batizado de “Ford Model e”. Já as operações tradicionais terão o nome de “Ford Blue”. A ideia segue o modelo criado para a unidade de autos comerciais da empresa americana, a Ford Pro.

Os movimentos estão dentro do plano de reestruturação da montadora chamado de Ford+, idealizado na gestão do CEO Jim Farley. A empresa planeja divulgar os resultados financeiros das novas unidades, bem como seus negócios Ford+, até 2023.

Em nota, a companhia disse que “operará como negócios distintos, mas compartilhará tecnologia relevante e melhores práticas para alavancar a escala e impulsionar melhorias operacionais”.

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Captura de valor do negócio de veículos elétricos da Ford

A reorganização dos negócios de automóveis busca atender a uma demanda dos investidores. Segundo a reportagem, analistas de Wall Street têm pressionado gigantes do setor automobilístico, como a Ford, a separar (spin off) as unidades de veículos elétricos das já tradicionais.

Isso porque uma maior transparência deve ajudar as empresas a capturarem o valor que os investidores dão atualmente a startups de mobilidade baseada na eletricidade.

Assim, os efeitos para o negócio da Ford foram sentidos logo cedo. As ações subiram mais de 4% durante as negociações pré-mercado nos Estados Unidos. Na terça-feira, 1º, os papéis da montadora fecharam a US$ 16,70 por ação, com queda de 4,9%.

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