Cervejaria Heineken dá adeus à Rússia
Cervejaria manterá operações reduzidas para preservar 1.800 empregos até vender a operação. Dinamarquesa Carlsberg segue o mesmo caminho
28/03/2022A Heineken anunciou nesta segunda-feira, 28, a saída em definitivo da Rússia, com o encerramento de todas as operações.
A segunda maior produtora de cerveja do planeta já havia suspendido produção, vendas, exportações e novos investimentos no país, que invadiu a Ucrânia há pouco mais de um mês.
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Conforme comunicado oficial, a empresa buscará um novo proprietário para uma “transferência ordenada” de seus negócios, isso seguindo leis internacionais e locais.
Adicionalmente, a companhia informou que vai renunciar ao lucro da operação, que deve custar cerca de 400 milhões de euros (cerca de R$ 2,1 bilhões) em encargos excepcionais.
Com relação aos 1.800 funcionários da empresa holandesa na Rússia, a Heineken afirma que pagará seus salários até o fim de 2022 e trabalhará para que todos tenham seus empregos assegurados.
Por enquanto, a empresa manterá as operações básicas em solo russo para proteger os funcionários.
“Para garantir a segurança e o bem-estar contínuos dos nossos colaboradores e minimizar o risco de nacionalização, concluímos que é essencial continuarmos com as operações recentemente reduzidas durante este período de transição.
Cervejaria dinamarquesa segue Heineken e sai da Rússia
Além da gigante holandesa, a Carlsberg, da Dinamarca, também anunciou a saída do mercado russo nesta segunda-feira.
O informe veio pouco depois da Heineken comunicar sua decisão sobre a Rússia.
No entanto, a Carlsberg trabalha em uma escala maior por lá, com 8.400 funcionários.
Fora isso, a companhia é detentora da importante marca Baltika desde 2000. Em março, a empresa já havia suspendido sua produção no país.
A saída da dinamarquesa será nos mesmos moldes da Heineken, com a venda de suas operações e a manutenção das operações básicas no país para manter os empregos.
O lucro obtido com a venda das operações será revertido para organizações de ajuda humanitária.
"Do ponto de vista contábil, o negócio será tratado como um ativo mantido para venda até a conclusão da alienação. O negócio será reavaliado a valor justo, o que resultará em um encargo de imparidade não monetário substancial. Posteriormente, forneceremos mais detalhes sobre o impacto contábil da alienação planejada e a reintrodução da orientação de lucros", disse a empresa em comunicado.