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Ibovespa avança pelo terceiro dia consecutivo e supera os 118 mil pontos

Bolsa parecia a caminho dos 119 mil pontos, mas a cautela externa em relação à decisão do Fed na semana que vem conteve a alta do índice

Ibovespa

Petrobras ON e PN tiveram acomodação, aparando ganhos na casa de 3,4% (PN) a 5,3% (ON) no mês | Foto: Getty Images

O Ibovespa parecia a caminho de retomar os 119 mil pontos nesta quarta-feira, maior nível desde 8 de agosto, mas encerrou a sessão em alta de apenas 0,18%, aos 118.175,97 pontos, entre mínima de 117.721,83 e máxima de 119.317,66 pontos, saindo de abertura aos 117.968,12 pontos. Foi o terceiro avanço consecutivo para o Ibovespa, que vinha de quatro baixas ao longo da semana passada.

O giro avançou nesta quarta-feira para R$ 35,4 bilhões no fechamento, com o vencimento de opções sobre o Ibovespa. Na semana, o índice sobe 2,48% e, no mês, 2,10%, colocando o ganho do ano a 7,69%. Se ontem operou na contramão das perdas em Nova York, hoje o índice da B3 se manteve ainda à frente das referências de lá, que também perderam força à tarde, encerrando o dia sem sinal único, entre -0,20% (Dow Jones) e +0,29% (Nasdaq) na sessão.

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Mais cedo, pela manhã, os índices americanos mostravam ganhos moderados, amparados por leitura em linha com o esperado para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos em agosto – o principal dado da agenda do dia, com o mercado tendendo ainda à cautela até a decisão sobre juros do Federal Reserve na próxima quarta-feira.

Destaques do dia no Ibovespa

Com o petróleo ainda em nível elevado em Londres e Nova York, mas em leve viés negativo nas duas praças nesta quarta-feira, Petrobras ON e PN tiveram acomodação, aparando ganhos na casa de 3,4% (PN) a 5,3% (ON) no mês – hoje, a ação ordinária caiu 1,30% e a preferencial, 1,49%, ambas nas mínimas do dia no encerramento.

Outro carro-chefe da Bolsa, Vale ON teve um dia de leve variação como ontem, hoje em baixa de 0,38% no fechamento. A sessão era de ganhos mais firmes para os grandes bancos, limitados a 0,40% (Bradesco PN) no encerramento, negativo para Santander (Unit -0,29%) e BB (ON -0,08%).

Na ponta do Ibovespa, destaque para Carrefour Brasil (+3,97%), BTG (+3,76%) e WEG (+3,59%), com Via (-5,13%), Ultrapar (-4,08%) e PetroReconcavo (-2,18%) no lado oposto.

Dólar rompe a barreira dos R$ 4,90

Após romper o piso de R$ 4,90 pela manhã e registrar mínima a R$ 4,8962, o dólar à vista reduziu o ritmo de baixa ao longo da tarde em sintonia com o exterior e encerrou a sessão desta quarta-feira, 13, cotado a R$ 4,9173, em queda de 0,72%.

A moeda americana ganhou força ante o euro e o iene na segunda etapa de negócios, mas manteve sinal negativo em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, incluindo os pares latino-americanos do real.

Com a agenda doméstica esvaziada, os negócios foram guiados pelos indicadores externos. Leitura de inflação ao consumidor nos EUA sem surpresas afastou receio de uma postura mais dura do Federal Reserve no curto prazo. Ferramenta de monitoramento do CME Group mostra que as chances de manutenção da taxa básica americana na faixa entre 5,25% e 5,50% na reunião de política monetária do BC americano na semana que vem (dias 19 e 20) se mantiveram acima de 90%. Há ainda por volta de 45% de probabilidade de uma elevação dos juros até o fim do ano.

As atenções se voltam agora para a divulgação, amanhã, da inflação ao produtor (PPI) e dos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA. Do outro lado do Atlântico, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia decisão de política monetária, seguida de pronunciado da presidente da instituição, Christine Lagarde.

Por aqui, o Banco Central informou que o fluxo cambial total em setembro (até o dia 8) está negativo em US$ 1,739 bilhão, em razão de saída líquida de US$ 2,713 bilhões pelo canal financeiro. No comércio exterior, houve entrada líquida de 873 milhões nesse período. No ano (até 8 de setembro), o fluxo cambial total é positivo em US$ 20,612 bilhões. (AE)

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