Ibovespa fecha em alta no embalo dos resultados da Nvidia
O forte resultado da NVidia animou as bolsas americanas contribuiu para a alta de 0,16% no Ibovespa, que fechou o dia nos 134,2 mil pontos
22/02/2024O Ibovespa teve leve alta na sessão de hoje, sua sexta consecutiva, sustentado por ganhos das ações da Vale, antes da empresa reportar resultado trimestral. Também teve ajuda de empresas alavancadas e sensíveis aos juros, em dia de apetite por risco elevado de agentes globais após a NVidia reportar balanço trimestral acima das expectativas de analistas.
No fim do dia, o índice subiu 0,16%, aos 130.241 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 129.971 pontos, e, nas máximas, os 130.829 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 18h20) foi de R$ 17,33 bilhões no Ibovespa e R$ 22,55 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 subiu 2,11%, aos 5.087 pontos, Dow Jones fechou em alta de 1,18%, aos 39.069 pontos e Nasdaq avançou 2,96%, aos 16.041 pontos.
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O forte resultado corporativo da NVidia, que animou as bolsas americanas durante o dia, também teve algum efeito, ainda que limitado, na bolsa local, conforme agentes se mostraram mais propensos a tomar riscos na sessão e procuraram teses domésticas descontadas. Assim, e após alguma volatilidade durante o dia, o Ibovespa alcançou seis altas consecutivas.
Destaques do dia no Ibovespa
Magalu ON subiu 7,65% e Hapvida ON teve alta de 5,60%, liderando as altas do dia. Vale ON, por sua vez, subiu 1,07%, após anúncio de compra de parte da operação da Anglo American no Brasil e antes de reportar balanço trimestral. Na outra ponta, Itaú PN recuou 0,57%, Petrobras PN caiu 0,75% e WEG ON cedeu 3,17%, corrigindo ganhos recentes, enquanto GPA ON teve queda de 6,79% após reportar balanço.
Pedro Serra, chefe de pesquisas da Ativa Investimentos, diz que depois da euforia do fim do ano e da correção do início deste ano, investidores globais entenderam que o processo de queda de juros nos Estados Unidos não vai ser tão simples como estava precificado. Isso fez com que o capital estrangeiro tático, ou voltado para o curto prazo, começasse a mudar de rumo e se afastasse temporariamente de mercados emergentes como o brasileiro, que devem se aproveitar da queda das taxas.“Seguimos dependentes dos dados de atividade e inflação dos EUA e uma reação mais firme dos mercados pode vir de alguma surpresa nessa seara. Mas o mercado local se sustentou melhor do que eu esperava, com força compradora consistente. O dinheiro tático que saiu deixou o mercado mais leve, permitindo a entrada de mais apostas de longo prazo. A dinâmica de resgates também está melhorando, e o interesse pela bolsa vai crescendo com a queda dos juros”, diz.
Dólar fecha em alta de 0,3% cotado a R$ 4,95
O dólar à vista exibiu valorização frente ao real nesta quinta-feira, em uma sessão marcada por dados que corroboraram a resiliência do mercado de trabalho nos Estados Unidos. As negociações podem também ter sofrido alguma influência dos comentários mais cautelosos do vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Philip Jefferson. No pregão desta quinta, moedas da América Latina estiveram entre as mais penalizadas, da relação das 33 divisas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
O dólar comercial fechou em alta de 0,30%, cotado a R$ 4,9530, depois de ter tocado a mínima de R$ 4,9190 e encostado na máxima de R$ 4,9540. Perto das 17h05, o dólar futuro para março exibia apreciação de 0,40%, a R$ 4,9595, enquanto o índice DXY recuava 0,04%, aos 103,968 pontos. (Valor Econômico)