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Nvidia: lucro cresce 769% no ano e anima o setor de tecnologia

Gigante de semicondutores Nvidia surpreende o mercado com resultados acima do esperado e reforça boas perspectivas para o setor de tecnologia

Nvidia

Receita da Nvidia para o primeiro trimestre de 2024 poderia atingir US$ 24 bilhões | Foto: Getty Images

Resultado acima do esperado da Nvidia no último trimestre do ano passado e indicações de que a receita para o primeiro trimestre de 2024 poderia atingir US$ 24 bilhões (acima das estimativas de consenso de US$ 22 bilhões) reforçam as boas perspectivas da inteligência artificial e dão sustentação aos mercados.

A gigante de semicondutores Nvidia informou receita de US$ 22,1 bilhões no 4º trimestre encerrado em janeiro de 2024, aumento de 22% ante o trimestre anterior e de 265% sobre o mesmo período do ano passado. No trimestre, o lucro por ação diluída foi de US$ 4,93, alta de 33% em relação ao trimestre anterior e de 765% em relação ao ano anterior. No total, o lucro líquido foi de US$ 12,29 bilhões no 4º trimestre, alta de 33% no trimestre e de 769% ante o mesmo período do ano anterior.

As ações da Nvidia saltam 14,67% no pré-mercado nesta quinta-feira e atingem um novo recorde ao mesmo tempo em que se espalham pelas ações de semicondutores asiáticos.

Saiba mais

Análise Técnica:

O Ibovespa apresentou alta de +0,09% no último pregão, cotado a 130.031,58 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, a primeira resistência fica em 130.500 pontos e a segunda em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 125.500. O próximo fica na faixa de 122.500 pontos.
O Dólar Futuro apresentou alta de +0,22% no último pregão, cotado a 4.939,50 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.845 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.705. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.020 e a segunda em 5.130.

Exterior:

Bolsas globais apresentam movimento positivo. A ata do Fed não trouxe novidade, indicou que há a necessidade de aguardar mais dados para que se inicie o corte de juros, seguimos acreditando que o Fed vai começar a cortar os juros em junho. A agenda do dia conta com dados de atividade na manufatura, de serviços e do mercado imobiliário nos EUA e na parte da noite saem dados de preços de imóveis na China.

Doméstico:

Dado de arrecadação será divulgado às 10:30 pela Receita e a estimativa é de alta para R$279 bilhões em janeiro. Fernando Haddad disse ontem ao final do dia que a proposta de reoneração da folha de pagamentos será encaminhada por projeto de lei. A medida é importante para a recuperação da perda fiscal.

Commodities:

Petróleo apresenta alta (USD83,4/b; +0,46%)
Minério de ferro registra valorização (USD119,7/t; +0,53%)

Empresas:

Vale: Cia assinou acordo com Anglo American para adquirir 15% de participação acionária e estabelecer parceria abrangendo a Anglo American Minério de Ferro Brasil, empresa que detêm o complexo Minas-Rio, e os recursos da Vale da Serra da Serpentina / Vale: Pará suspende licença de operação da mina de Sossego
Light: Cia diz que segue em tratativas com principais credores
Aeris: Cua registrou prejuízo de R$63,8 milhões no 4T23, queda de 4,3% a/a; Ebitda caiu 30,7% para R$34,02 milhões.

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – Atividade Fed Chicago/Janeiro
11:45 – EUA – PMI Manufatura & Serviços/Fevereiro
12:00 – EUA – Vendas de casas usadas/Janeiro
22:30 – China – Preço de casas novas e usadas/Janeiro
Balanços hoje: Vale, Mercado Livre, Rumo, B3 e Caixa Seguridade

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 130.032 (+0,09%)
S&P: 4.982 (+0,13%)
Dólar Futuro: R$4,94 (+0,22%)

Atualizações Safra:

GPA Brasil: resultados do 4T23 – Melhoria no desempenho operacional, mas alavancagem financeira continua sendo uma preocupação
A PCAR registrou vendas de R$5,2 bilhões (+7% ano a ano) devido a uma combinação de +6% de crescimento de vendas em mesmas lojas ano a ano (ex-estações de serviço) e expansão da presença (+35 lojas nos últimos 12 meses). As vendas de lojas no formato premium aumentaram 7%, atingindo R$2,4 bilhões, devido ao crescimento de +4% das vendas em mesmas lojas em relação ao ano anterior. As vendas das lojas do formato varejo aumentaram 1% em relação ao ano anterior, atingindo R$1,6 bilhão, uma vez que o crescimento de +2% das vendas em mesmas lojas foi parcialmente compensado pela redução da área de atuação. Por fim, as lojas de vizinhança adicionaram R$827 milhões às vendas, que cresceram 20% ano a ano devido a um aumento de 6% ano a ano nas vendas em mesmas lojas, juntamente com um aumento no número de lojas (+46 nos últimos 12 meses). O EBITDA ajustado atingiu R$404 milhões (+39% ano a ano), uma vez que a melhora da margem bruta (+307 pontos-base ano a ano) mais do que compensou as maiores despesas gerais, com vendas e administrativas. É importante notar que o EBITDA ajustado exclui R$89 milhões de provisões relacionadas à reestruturação de lojas. A PCAR registrou um prejuízo líquido de R$87 milhões, ante um prejuízo de R$272 milhões no 4T22, devido à melhora no desempenho operacional. Com relação ao fluxo de caixa, a empresa registrou uma queima de caixa nos últimos 12 meses (variação da dívida líquida) de R$193 milhões, que inclui o impacto positivo da venda de ativos (R$792 milhões) e o pagamento de R$250 milhões em dividendos. Excluindo ambos os eventos, a queima de caixa teria sido de R$735 milhões em 2023.
Nossa opinião. Os resultados da PCAR continuaram a apresentar uma evolução positiva no desempenho operacional (tanto em termos de crescimento quanto de margens). No entanto, o consumo de caixa e a alavancagem da empresa (dívida líquida de R$2,3 bilhões comparada a um EBITDA ajustado estimado ex IFRS de R$0,3 bilhão) ainda são uma preocupação. Portanto, continuamos a ter uma postura mais conservadora em relação à PCAR, pois acreditamos que ela tem a tarefa desafiadora de implementar seu plano de recuperação com um balanço patrimonial altamente alavancado. Assim, reiteramos nosso rating Neutro e o preço-alvo de R$4,5/ação.

Weg: Resultados do 4T23 – Bom desempenho operacional, acima de nossas estimativas
A Weg apresentou bons resultados no 4T23, com um lucro líquido ajustado de R$1,4 bilhão acima da nossa previsão (+13%). A receita acima do esperado, de R$8,6 bilhões (+7% em relação ao ano anterior, +6% em relação ao trimestre anterior e +3% em relação ao Safra), foi impulsionada por bons números nos mercados interno e externo, além de um bom mix de produtos vendidos e preços estáveis de matérias-primas. Como resultado, seu EBITDA aumentou 17% em relação ao ano anterior (+2,6% vs. Safra), enquanto sua margem EBITDA foi de 21,4%, crescendo 182 pontos-base em relação ao ano anterior e em linha com nossa estimativa. Além disso, a empresa continuou a melhorar seu ROIC, que atingiu 39,2%, um aumento de 980 pontos-base em relação ao ano anterior e 380 pontos-base em relação ao trimestre anterior.

Gerdau: Atualização das estimativas; manutenção da recomendação neutra
Reiteramos nossa recomendação Neutro ao atualizarmos nossas estimativas para incluir os números do 4T23 e os preços de commodities e câmbio marcados a mercado. As ações da Gerdau têm sido negociadas lateralmente desde nossa atualização em meados de janeiro e, embora tenhamos nos tornando mais positivos em relação ao nome, ainda não estamos convencidos sobre os catalisadores de curto prazo que justifiquem um upgrade. Prevemos um EBITDA de R$9,7 bilhões em 2024 (+7% em relação à nossa previsão anterior) e de R$9,4 bilhões em 2025 (+2%), impulsionado principalmente por estimativas mais altas para os resultados na BD América do Norte e na BD Aços Especiais. Revisamos para cima nossas expectativas de lucratividade para essas divisões após números surpreendentes de custos e despesas por tonelada no 4T23 e uma sólida perspectiva de demanda para o 1T24. Do lado negativo, estimamos um tímido FCF yield de 2% em 2024, uma vez que incorporamos o guidance de capex de R$6,0 bilhões da Gerdau para 2024, antes de expandir para ~9% em 2025.

Assaí: Resultados do 4T23 – Um trimestre positivo com melhora de margem e desalavancagem
O Assaí registrou um forte crescimento de receita (+16% ano a ano e apenas 2% abaixo do Safra) devido às conversões de lojas do Extra, juntamente com um crescimento de +3% ano a ano nas vendas em mesmas lojas. No entanto, o destaque do trimestre foi a expansão da margem EBITDA devido à maturação das lojas convertidas: +46bps a/a (ex IFRS). Além disso, a melhora no ciclo de conversão de caixa levou a uma redução na alavancagem para uma relação dívida líquida/EBITDA de 3,8x de 4,44x no 3T23 e 4,37x no 4T22.
Nossa opinião. Vemos os resultados como positivos, uma vez que a maturação das lojas convertidas (receita média por mês no 4T23 de R$28 milhões de R$22 milhões no 1T23; margem EBITDA de 5,6% no 4T23 de 2,6% no 1T23) apoiou o crescimento da receita da empresa, a melhoria da margem e, finalmente, a desalavancagem. Esperamos que essa tendência continue em 2024, impulsionada pela melhoria do SSS devido à maior inflação de alimentos, que deve apoiar a expansão do LPA. Assim, reiteramos nossa recomendação de Compra e o preço-alvo de R$17,0/ação.

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