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Bolsa encosta nos 123 mil pontos com deflação no Brasil e estímulos na China

Promessa da China em oferecer mais estímulos à economia e balanços corporativos instigam ganhos nas bolsas e Ibovespa tem quarto pregão positivo

B3

Depois de fechar a segunda-feira, na faixa dos 121 mil pontos, Ibovespa caminha para o quarto pregão de alta | Foto: Divulgação

A valorização da maioria das bolsas internacionais estimula alta do Ibovespa, que tocou os 123 mil pontos, depois de fechar a segunda-feira, 24, na faixa dos 121 mil pontos. Ao que tudo indica, este pode ser o quarto pregão seguido de ganhos. A promessa da China em oferecer mais estímulos à sua economia e balanços corporativos instigam ganhos nas bolsas. Em Nova York, contudo, a alta não é firme, em meio à espera da decisão do Fed sobre juros, na quarta-feira, 26.

“Lá fora está em compasso de espera pelo Fed, que deve subir sua taxa em 0,25 ponto porcentual, após a última pausa. A dúvida serão os próximos passos. Agora, o mercado espera os balanços das gigantes de tecnologia no fim do dia”, diz Dennis Esteves, especialista em renda variável da Blue3 Investimentos.

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Ao mesmo tempo, no Brasil, a deflação maior do que a esperada no IPCA-15 de julho e alívio nas medidas de núcleos do indicador reforçam alta do Índice Bovespa, que ontem subiu 0,94%, aos 121.341,69 pontos, no maior nível desde 1º de abril de 2022.

“Saiu o primeiro teste da semana IPCA-15, que veio com um resultado muito bom -0,07% ante mediana de -0,03%. Além do dado em si, os preços de serviços desaceleraram. Isso favorece as ações, reforçando a ideia, o otimismo de ontem com China, ajudando os papéis da Vale a subirem mais de 7% entre ontem e agora. Estimula também outras ações expostas à China”, afirma Gabriel Mota, operador de renda variável da Manchester Investimentos.

No Relatório Focus divulgado nesta terça-feira, 25, também houve arrefecimento nas projeções para o IPCA fechado nos próximos anos, com exceção de 2026. A descompressão inflacionária reforça as apostas de uma queda de 0,50 ponto porcentual na Selic em agosto, como indica a curva futura de juros.

“A deflação do IPCA-15 pode sensibilizar o Copom, mas as commodities em alta podem dificultar uma atuação mais agressiva de queda da Selic”, pondera o economista Álvaro Bandeira, em comentário matinal.

Em 12 meses, o IPCA-15 foi a 3,19%. “Isso coloca ainda mais pressão sobre o BC, pois é o último dado de inflação antes do Copom de agosto. A curva de juros toda está caindo”, diz Esteves, da Blue3 Investimentos.

Ibovespa reage em alta aos estímulos anunciados na China e deflação no IPCA-15

Da China, há crescentes estimativas de anúncio de ações para animar a economia, em meio a dados fracos de atividade. Na segunda-feira, o Politburo, principal órgão decisório do país, prometeu lançar uma série de medidas para ajudar a economia, com incentivos às vendas de imóveis e outros setores em dificuldades.

A maioria das bolsas asiáticas fechou em alta, com o minério de ferro subindo 1,36% em Dalian, o que pode impulsiona os papéis da Vale e de outros ligados ao segmento de metais. Petrobras tinham elevação, seguindo o petróleo.

Na Europa e nos Estados Unidos, também há valorização dos índices de ações. Os resultados trimestrais da General Electric (GE), General Motors (GM) e 3M agradaram aos investidores.

Às 11h23 desta terça, o Ibovespa subia 0,94%, aos 122.480,18 pontos. Vale ON tinha elevação de 3,65%, enquanto Petrobras avançava 0,66% (PN) e 0,44% (ON). Entre os papéis ligados ao consumo, Magazine Luiza ON subia 5,98%, puxando o grupo das maiores elevações. (AE)

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