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Bolsa tem 5ª alta seguida, com juros nos EUA e melhora do rating do Brasil

Ibovespa fechou em alta de 0,45%, alcançando os 122,5 mil pontos, com embalo da melhora da nota de crédito do Brasil e decisão do Fed nos EUA

Bolsa B3

Entre os grandes bancos, o sinal foi majoritariamente positivo em dia de decisão de juros nos Estados Unidos | foto: divulgação

Mesmo com a elevação da classificação de risco de crédito do Brasil, de BB- para BB, anunciada de manhã pela Fitch, o Ibovespa manteve cautela até o meio da tarde, após a decisão do Federal Reserve de nova elevação de 0,25 ponto porcentual na taxa de juros. A princípio, a notícia sobre os juros nos EUA animou os investidores. A chance de uma nova pausa no processo de aumento dos custos de crédito na maior economia do mundo levou os três índices de ações em Nova York a se alinharem em alta, o que impulsionou o Ibovespa, que chegou a subir 0,61%, aos 122.746,72 pontos.

Ao fim, o índice da B3 mostrava avanço um pouco mais acomodado, em alta de 0,45%, aos 122.560,38 pontos, no que foi seu quinto ganho diário consecutivo – e o maior nível desde 9 de agosto de 2021(123.019,38 pontos). O dólar à vista recuou 0,46% em relação ao real nesta quarta-feira, 26, a R$ 4,7282 – a nova mínima do ano no fechamento e o menor nível desde 20 de abril de 2022 (R$ 4,6204).

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Em Nova York, os índices de referência não sustentaram a recuperação ensaiada no meio da tarde, sem direção única no fechamento do dia: Dow Jones +0,23%, S&P 500 -0,02% e Nasdaq -0,12%.

Passado o apetite por risco suscitado por Powell, veio o refluxo do entusiasmo dos investidores com o mesmo Powell: a indicação dada nesta tarde pelo presidente do Federal Reserve para setembro se fez acompanhar de ressalvas, que recolocaram o mercado na defensiva.

Bolsas de Nova York impulsionam Ibovespa após decisão do Fed

Powell apontou que o processo de redução da inflação para a meta de 2% demandará um período de crescimento econômico abaixo do potencial. Segundo ele, alguma perda de fôlego no mercado de trabalho continua a ser o resultado esperado da recente escalada de juros. Ele indicou também que o Fed está preparado para apertar mais a política monetária, caso seja necessário.

Nesse contexto de incertezas, as ações de maior peso e liquidez na B3 encerraram o dia sem sinal único, e com variações contidas. Vale ON cedeu 0,35%, enquanto Petrobras ON caiu 0,43% e a PN fechou sem variação. Entre os grandes bancos, o sinal foi majoritariamente positivo (Bradesco PN +1,03%, Itaú PN +0,56%), à exceção da Unit de Santander Brasil (-0,34%), instituição que havia divulgado balanço trimestral antes da abertura desta quarta-feira. Na ponta do Ibovespa, destaque para Méliuz (+8,91%) e Carrefour Brasil (+8,09%), com Ultrapar (-1,81%) e Cogna (-1,74%) no lado oposto.

Dólar fecha em nova baixa cotado a R$ 4,72

A nova queda do dólar refletiu o otimismo do mercado com a perspectiva de que o aumento de 25 pontos-base nos juros americanos anunciado hoje tenha marcado o fim do ciclo de aperto, além da melhora do rating brasileiro pela Fitch, de BB- para BB.

A melhora do rating brasileiro pela manhã firmou a divisa americana em queda ante o real, mas foi na etapa vespertina do pregão que o movimento se aprofundou, após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed). (AE)

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