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Itaú e Banco do Brasil devem ter melhores resultados no setor financeiro

Os principais destaques do setor bancário são o crescimento da carteira de crédito e a margem financeira com clientes

Bancos

Para empréstimos corporativos, o Safra também espera números positivos | Foto: Getty images

A temporada de resultados do segundo trimestre de 2023 para os bancos brasileiros começa esta semana. Na análise prévia dos balanços do setor, o Banco Safra destaca mais uma vez o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil, que devem manter o bom momento de rentabilidade do setor bancário, e o BTG Pactual, que apesar da atividade de mercado mais fraca, deve entregar bons resultados.

Do lado negativo, espera-se que Bradesco e Santander Brasil continuem sua tendência de recuperação, mostrando melhora sequencial, apesar de uma queda anual em seus resultados.

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Itaú Unibanco está pronto para entregar mais um bom resultado, segundo o Safra. “Esperamos uma avaliação positiva do Itaú Unibanco, com impulso de ganhos para continuar no segundo trimestre”, alia o Safra.

Os principais destaques são os dois dígitos crescimento da carteira de crédito (+10% A/a) e a margem financeira com clientes (+15% A/a) superando o impacto do aumento das provisões durante o período. Quanto à qualidade de crédito, esperamos uma deterioração marginal da inadimplência -90, embora não a vejamos como uma grande preocupação.

Em resumo, o resultado do Itaú deve ser positivo, com todas as principais linhas (excluindo impostos) crescendo dentro da faixa do guidance. Com isso, espera-se que o lucro líquido do Itaú supere o trimestre anterior, atingindo R$8,6 bilhões (+12% A/a e +2% T/t). Banco do Brasil: desempenho positivo do crédito, mas provisões devem pesar.

O Safra espera que o Banco do Brasil continuará apresentando forte crescimento de crédito, com crédito total crescendo 15% A/a (2% T/t), impulsionado por todos os 3 segmentos (corporativo, pessoa física e rural) e NII crescendo 29% T/t (4% A/a).

Do lado negativo, o Safra acredita que as despesas com provisões irão continuam sendo a linha mais desafiadora. O Safra estima provisões em R$6,3 bilhões (+113% A/a e +7% T/t), crescendo acima da carteira no trimestre. Sobre a qualidade do crédito, o banco espera uma deterioração sequencial da inadimplência acima de 90, atingindo 2,8% (+20 bps T/t), impulsionado por uma normalização do NPL corporativo, e o impacto do Evento Americanas. Com isso, o Safra estima lucro líquido de R$ 8,7 bilhões (+12% A/a e 6% T/t), com ROAE em 20,3%.

BTG Pactual: números positivos, apesar da atividade de mercado mais fraca no 2T23. O Safra espera resultados positivos para o BTG Pactual, pois o banco deve apresentar melhora sequencial de cima para baixo.

O Safra estima que a receita líquida cresça 4,5% no trimestre, impulsionada pela recuperação do banco de Investimento (apesar de ainda ter decrescido A/a, devido a uma base de compensação mais dura), e o desempenho positivo em Wealth Management (+8% T/t) e Juros & Outros (+3% T/t).

Para empréstimos corporativos, o Safra também espera números positivos (+1% T/t e +37% A/a), pois apesar do cenário mais difícil para o crédito corporativo no setor, o foco em clientes de maior qualidade deve sustentar o crescimento do segmento.

Como resultado, o Safra estima lucro líquido ajustado em R$ 2,4 bilhões (+9,5% A/a e 5,3% T/t), com ROAE ajustado de 21%. Bradesco e Santander Brasil devem continuar se recuperando.

“Esperamos que ambos os bancos continuem melhorando sequencialmente, apesar de ainda mostrarem queda no lucro em uma base anual. Para o Santander Brasil, esperamos crescimento total de crédito de 7,5%, e margem total de 6% A/A, com a parcela de mercado apresentando melhora sequencial (embora ainda negativa)”, avalia o Safra.

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