Com estímulos econômicos na China, Ibovespa sobe 1,46% na semana

A decisão do governo chinês de reduzir os juros para estimular o setor imobiliário no país animou os mercados pelo mundo nesta sexta-feira. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subiu mais de 1% e se descolou dos índices americanos.

O Ibovespa avançou 1,39%, aos 108.487 pontos, depois de oscilar entre 107.056 e 108.794 pontos. Na semana, a Bolsa acumulou alta de 1,46% e no mês os ganhos chegam a 0,55%.

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Nos Estados Unidos, os índices operaram em volatilidade nesta sexta-feira, mas ao final do pregão pegaram tração e a maioria fechou estável. O Dow Jones subiu levemente em 0,02%, S&P500 ganhou 0,01% já a Nasdaq caiu 0,30%. Na semana, os índices acumulam perdas: o Dow Jones em 2,91%, o S&P 500 3,05% e o Nasdaq, 3,82%.

O Banco do Povo da China (PBoC) reduziu sua taxa de juros de referência – a chamada LPR – para empréstimos de longo prazo em 15 pontos-base, a 4,45%, num momento em que a segunda maior economia do mundo sente os impactos de sua mais grave onda de covid-19.

Economista-sênior para China da Capital Economics, Julian Evans-Pritchard, diz que o corte do PBoC é o maior já registrado e tem o objetivo de sustentar a demanda por moradias em meio à crise do setor imobiliário chinês. A LPR de curto prazo ficou inalterada, em 3,70%.

Com essa medida o preço do minério de ferro disparou. O contrato de minério de ferro, para entrega em setembro, mais negociado na bolsa de commodities de Dalian, na China, encerrou as negociações em alta de 5,3%, a 842,50 yuans (US$ 126,23) a tonelada, recuperando-se após uma queda de dois dias.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato junho mais ativo da matéria-prima siderúrgica subia cerca de 6%, para US$ 134 por tonelada.

A recuperação do preço da principal matéria-prima do aço pesou nos papéis das empresas de commodities metálicas. Vale e siderúrgicas subiram com força nesta sexta-feira. A mineradora avançou 1,77%, a CSN, 4,97% a Usiminas 1,28%, a Gerdau evolui 3,36% e a CSN Mineração, 3,60%.

“A China diminuiu os juros para estimular a economia e deu um certo alívio para os mercados”, disse Rafael Foscarini, da Belo Investment Research. “No entanto, acredito que este sentimento é momentâneo pois, o receio da inflação descontrolada no mundo inteiro é o fator mais preocupante.” (Com AE)