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Ibovespa fecha em ligeira alta de 0,17%, apesar da queda do petróleo

Ações da Petrobras caíram 3,02% (ON) e 3,97% (PN) com recuo na cotação internacional do petróleo, mas mesmo assim a Bolsa segurou os 113,4 mil pontos

Cotações do petróleo

Feriado na china derubou cotações de petróleo e minério de ferro, o que afetou ações da Petrobras e Vale | Foto: Getty Images

Com o petróleo em forte correção neste meio de semana, o Ibovespa não teve fôlego para se distanciar dos 113 mil pontos, permanecendo nesta quarta-feira, 4, assim como na terça-feira, nos menores níveis de fechamento desde o começo de junho, apesar do viés positivo na sessão.

Nesta quarta, o índice da B3 oscilou em margem estreita, de pouco mais de mil pontos entre a mínima (113.036,30) e a máxima (114.075,29) do dia, em alta então de 0,58%, saindo de abertura aos 113.430,05 pontos. Ao fim, mostrava leve ganho de 0,17%, aos 113.607,45 pontos, vindo de perdas acima de 1% nas duas sessões anteriores. O giro ficou em R$ 20,0 bilhões na sessão. Na semana e no mês, o Ibovespa acumula perda de 2,54%, limitando o avanço a 3,53% no ano.

Saiba mais:

A aguda queda do petróleo em Londres e Nova York, na casa de 5% em ambas as praças, impediu o Ibovespa de acompanhar mais de perto o sinal do exterior – ao fim, positivo em Nova York, com o Dow Jones em alta de 0,39%, e ganhos de 0,81% e 1,35%, respectivamente, para S&P 500 e Nasdaq.

Com a pressão advinda do petróleo, Petrobras ON e PN fecharam em queda, respectivamente, de 3,02% e de 3,97%. Embora em menor medida, Vale ON também teve desempenho negativo na sessão, em baixa de 1,07%, com o recuo também na casa de 1% para o minério de ferro em Cingapura nesta quarta-feira, sem ainda a referência de preços de Dalian, China, por conta do feriado prolongado da “semana dourada”.

Mais cedo, dados semanais sobre os estoques de petróleo dos Estados Unidos – em queda acima de 2 milhões de barris, quando se esperava estabilidade – e a indicação de que a Opep+ não trará mudanças no atual patamar de produção do cartel, segundo recomendação de comitê técnico, recolocaram o Brent abaixo de R$ 87 por barril, após ter escalado a US$ 96, recentemente.

O Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC, na sigla em inglês) da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) recomendou ao cartel que mantenha a estratégia atual de oferta, e reforçou o pedido para que os membros mantenham “conformidade total” com o mecanismo de compensação.

Destaques do dia no Ibovespa

Na ponta negativa do Ibovespa na sessão, além dos papéis da Petrobras, destaque também para as petrolíferas 3R Petroleum (-2,93%), Prio (-2,81%) e PetroReconcavo (-2,77%). Na ponta oposta, Yduqs (+7,61%), CVC (+7,53%) e Locaweb (+7,19%). Entre as blue chips, a recuperação dos grandes bancos, com as ações do Bradesco à frente (ON +2,77%, PN +3,38%), foi essencial para o fechamento positivo do índice da B3, equilibrando assim o dia negativo para o setor de commodities, outro peso-pesado da carteira.

O dólar mostrou acomodação em relação ao real, após o salto do dia anterior, refletindo nesta quarta-feira, desde o exterior, a relativa descompressão sobre os rendimentos dos Treasuries, de terça para a quarta-feira.

No fechamento, o dólar à vista mostrava leve baixa de 0,03%, a R$ 5,1530, quase a meio caminho entre a mínima (R$ 5,1246) e a máxima (R$ 5,1783) do dia.

Além de correias de transmissão como os preços de commodities e o nível do câmbio, o cenário externo desafiador se internaliza por perspectiva menos favorável para os custos de crédito à frente, neutralizando a percepção de que o Copom, no curto prazo, venha a acentuar o ritmo de cortes da Selic – um movimento essencial para que o apetite por ativos de risco, como ações, ganhe fôlego ao longo do tempo. (AE)

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