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Ibovespa sobe 0,71% e retoma os 119 mil pontos na 5ª sessão positiva seguida

Aprovação do texto da reforma tributária em comissão do Senado e ata do Copom considerada benigna deram impulso ao Ibovespa

Dólar cotação e Ibovespa

O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira, 7, em queda de 0,26%, cotado a R$ 4,8750 – menor valor de fechamento desde 19 de setembro | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em alta de 0,71%, aos 119.268,06 pontos, no quinto dia seguido no positivo. Assim, atingiu o maior nível de fechamento desde 14 de setembro, então aos 119.391,55 pontos.

Contribuiu para o resultado positivo a ata do Copom, que levou o mercado a precificar mais dois cortes de meio ponto porcentual na Selic nas próximas reuniões, em dezembro e janeiro. Além disso, o texto da reforma tributária foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. No exterior, os rendimentos dos Treasuries caíram, assim como os preços do petróleo.

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O Ibovespa oscilou dos 118.026,33 aos 119.576,62 (+0,97%), saindo de abertura aos 118.422,18 pontos. O giro financeiro subiu a R$ 28,4 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa acumula ganho de 0,94% e, no mês, avança 5,41%, recolocando a alta do ano a 8,69%.

No fim da tarde, a aprovação por ampla margem (20 votos a seis) do relatório da reforma tributária na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado ajudou a fortalecer a confiança dos investidores, levando o Ibovespa um pouco mais adiante, nas máximas da sessão. Também foi benéfica a aprovação de relatório preliminar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com a manutenção da meta de déficit zero para 2024, na Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

Destaques do dia no Ibovespa

Na B3, o bom desempenho das ações de bancos, no dia seguinte à divulgação do balanço trimestral do Itaú (PN +2,80%), foi o contraponto à correção em Vale (ON -1,99%) – terceira maior perda entre os componentes do Ibovespa na sessão, com a moderada retração de preço do minério na China. Petrobras (ON -2,21%, PN -1,66%) também figurou entre as maiores quedas desta terça-feira. Prio (-2,48%) e BRF (-1,56%) completaram a lista das principais perdas do dia.

A terça-feira foi de correção para os preços do petróleo em Londres e Nova York, em baixa acima de 4%, o que o levou a ser negociado nas mínimas desde julho, com o fortalecimento do dólar e em meio a sinais de arrefecimento da demanda chinesa pela commodity.

O forte ajuste nas cotações do insumo contribui para amenizar os receios em torno da trajetória da inflação global, com efeito benéfico para os rendimentos dos títulos do Tesouro americano, cujo avanço tem sido um fator de preocupação. Em novo sinal de alerta sobre a maior economia asiática, a China reportou queda de 6,4% nas exportações, na base anual – leitura bem pior do que o mercado esperava.

Nesse contexto de busca por ativos depreciados, na ponta do Ibovespa nesta terça-feira destaque para as ações das varejistas Magazine Luiza (+23,78%) e Casas Bahia (+11,76%), à frente de Hapvida (+8,54%) e Soma (+7,58%). Destaque também, entre os bancos, para Bradesco (ON +2,06%, PN +2,64%) e Santander (Unit +2,77%, na máxima do dia no fechamento).

Dólar cai 0,26% a R$ 4,87

O dólar à vista encerrou a sessão desta terça-feira, 7, em queda de 0,26%, cotado a R$ 4,8750 – menor valor de fechamento desde 19 de setembro. Foi o quinto pregão consecutivo de baixa da moeda americana no mercado doméstico, que já acumula desvalorização de 3,30% em novembro.

Na mínima, a divisa rompeu o nível de R$ 4,86 (R$ 4,8593). Operadores apontam a perspectiva de manutenção de diferencial de juros interno e externo favorável nos próximos meses, o fluxo expressivo de recursos via comércio exterior e o andamento da agenda econômica no Congresso como pontos que impulsionaram a moeda brasileira. Foi aprovado à tarde na Comissão Mista de Orçamento (CMO) o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) com meta de déficit zero em 2024.

Ao alívio nas taxas dos Treasuries nos últimos dias, após dados abaixo do esperado do mercado de trabalho nos EUA na semana passada reforçarem a aposta de manutenção dos juros pelo Federal Reserve em dezembro, soma-se a perspectiva de que não haverá aceleração do ritmo de queda da taxa Selic. A avaliação é a de que ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje pela manhã, trouxe um tom levemente mais duro. No documento, o comitê diz que o ambiente externo se tornou mais desafiador, o que “exige cautela por parte de países emergentes”.

Por aqui, em evento pela manhã, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu que o ritmo de corte da Selic em 0,50 ponto porcentual é, por ora, apropriado, considerando a “visibilidade” para as próximas duas reuniões do Copom. Ele ressaltou que, embora tenha diminuído, o diferencial entre juros interno e externo ainda é alto. O real, disse Campos Neto, tem se destacado como moeda relativamente estável entre emergentes. O pior cenário para o mundo emergentes, segundo o presidente do BC, seria um cenário em que o prêmio de risco nos países desenvolvidos comece a subir. Se, ao mesmo tempo, houver piora fiscal no Brasil, o cenário pode ficar mais complicado, alertou.(AE)

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