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Ibovespa interrompe sequência de queda e fecha em alta após elevação dos juros nos EUA

Bolsa sobe 0,73%, aos 102.806 pontos, acompanhando os índices americanos que também avançaram de forma expressiva nesta sessão

Mercado financeiro

Além da espera pelas decisões do Fed e do BC, dados positivos de produção na China também impulsionaram o Ibovespa nesta sessão | Foto: Getty Images

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, após nova alta dos juros anunciada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano). No terceiro aperto monetário consecutivo, o Fed elevou os juros para o intervalo de 1,50% e 1,75%. Com isso, o índice interrompe uma sequência de oito pregões negativos.

A Bolsa brasileira fechou em alta de 0,73%, aos 102.806 pontos. O desempenho do Ibovespa foi semelhante aos índices americanos, que também avançaram nesta sessão. O Dow Jones subiu 1%, a S&P500 se valorizou 1,42% e Nasdaq cresceu 2,50%.

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O Fed divulgou que a nova taxa de juros americana passará a ter um intervalo de 1,50% a 1,75% ao ano. A autoridade monetária elevou os juros em 0,75 pontos percentuais (p.p), de acordo com as estimativas do mercado.

Antes da divulgação dos dados de inflação na última sexta-feira, que vieram bem acima do esperado pelo mercado, a estimativa era de uma alta de 0,5 p.p.

Em discurso logo após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o movimento duro como o de hoje não será comum. Segundo ele, o mais provável para a próxima reunião será uma alta de 0,50 p.p. ou de 0,75 p.p. – tirando da mesa a apreensão de que os juros começassem a subir de forma ainda mais acelerada daqui para frente.

Já no Brasil, os investidores apostam em uma atitude mais branda do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de que o aumento da Selic deverá ser de 0,5 p.p e com isso os juros referenciais na economia serão de 13,25% ao ano.

Além dos juros mais altos nos Estados Unidos e no Brasil, os dados de produção na China também impulsionaram o Ibovespa nesta sessão.

A produção industrial subiu 0,7% em maio em relação ao ano anterior, melhorando ante a queda de 2,9% em abril e melhor do que a queda de 1% esperada por economistas consultados pelo The Wall Street Journal.

As vendas no varejo, um indicador importante do consumo chinês, caíram 6,7%, em comparação com a queda de 11,1% em abril, informou o Departamento Nacional de Estatísticas. O desempenho também foi melhor do o esperado pelo mercado, que estimava uma queda de 6,9%.

“Dados de China de maio foram melhores do que o esperado, em especial a produção da indústria e junho deve mostrar um resultado ainda melhor”, informou o Banco Safra em relatório. “A produção de veículos foi o destaque e as atividades ligadas à exportação foram os segmentos que apresentaram melhor desempenho no período.”

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