close

Bolsa sobe com otimismo externo, mas acumula queda de 0,85% na semana

O Ibovespa subiu 0,86% no pregão desta sexta-feira, após dados do emprego nos Estados Unidos (Payroll); dólar subiu 0,42% a R$ 4,93

Ibovespa Payroll

O petróleo se recuperou das fortes perdas acumuladas nos últimos dias e subiu 2% nesta sexta-feira, favorecendo a Petrobras e o Ibovespa | Foto: Getty Images

O Ibovespa terminou o pregão em alta hoje, após a reação do mercado ao relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos (“payroll”) e com apoio da Petrobras e de bancos. No acumulado da semana, porém, o índice registrou baixa, corrigindo parte dos ganhos obtidos ao longo de novembro.

Após ajustes, o Ibovespa subiu 0,86% no pregão e caiu 0,85% na semana, aos 127.094 pontos. A mínima intradiária foi de 125.562 pontos, enquanto a máxima alcançou os 127.289 pontos. O volume financeiro para o índice no dia foi de R$ 15,85 bilhões.

Em Nova York, o índice S&P 500 subiu 0,41%, aos 4.604 pontos, o Dow Jones avançou 0,36%, para 36.248 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,45%, aos 14.404 pontos.

O dólar à vista exibiu apreciação frente ao real, em dia contaminado pelo mau humor externo após dados mais fortes do que o esperado no mercado de trabalho dos Estados Unidos relativos a novembro. A moeda americana chegou a perder parte do ímpeto ao longo do dia, mas depois se recuperou, penalizando não só o real, como a maioria das 33 divisas acompanhadas pelo Valor.

Dólar sobe 0,42% a R$ 4,93 após payroll

Terminadas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em alta de 0,42%, a R$ 4,9295, depois de ter atingido a mínima de R$ 4,8947 e tocado a máxima de R$ 4,9360. No acumulado semanal, o avanço do dólar comercial foi de 1%. Perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis divisas de mercados desenvolvidos, avançava 0,46%, aos 104,014 pontos.

O petróleo se recuperou das fortes perdas acumuladas nos últimos dias ao subir mais de 2% nesta sexta-feira (8), apesar da força global do dólar após dados fortes do mercado de trabalho e expectativas de consumidores nos Estados Unidos. A recuperação de hoje, no entanto, foi suficiente apenas para reduzir o ritmo de queda dos contratos no acumulado da semana.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista em janeiro teve alta de 2,73%, a US$ 71,23. Já o do Brent, a referência global, para fevereiro subiu 2,42%, a US$ 75,84. Na semana, contudo, os contratos acumularam queda de 3,83% e 3,85%, respectivamente.

O movimento de hoje foi impulsionado por uma correção após a commodity energética atingir seus menores preços desde junho deste ano nas duas últimas sessões. A sessão também marcou o fim de uma sequência de seis dias consecutivos em baixa.

Segundo o analista sênior de mercados da Oanda, Craig Erlam, o petróleo está cerca de 13% abaixo da sua máxima mais recente e em nível inferior às mínimas de novembro, “destacando como os investidores não ficaram impressionados com o ‘acordo’ da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+)”, divulgado na semana passada. “Isso também sugere que o mercado não está particularmente otimista com relação à economia global no próximo ano”, acrescenta Erlam.

Sobem as projeções para a cotação do petróleo

Diferentemente da perspectiva atual do mercado, a Fitch Ratings revisou em alta suas previsões para o petróleo em 2024, “refletindo o controle rígido e contínuo da Opep+ sobre a oferta”. Agora, a agência de classificação de risco projeta que o barril do WTI tenha uma média de US$ 75 no ano que vem, ao invés dos US$ 70 estimados anteriormente; e o Brent seja cotado em US$ 80, também US$ 5 acima da previsão anterior.

“O aumento das previsões de referência do petróleo Brent e WTI para 2024 é apoiado pelas tentativas contínuas da Opep+ de apoiar os preços do petróleo, incluindo a recente decisão de vários membros de se juntarem à Arábia Saudita e à Rússia na implementação de cortes adicionais no primeiro trimestre de 2024”, diz a agência, em comunicado divulgado nesta sexta, em referência à decisão da semana passada do grupo de nações petrolíferas. (Valor Econômico)

Abra sua conta no Banco Safra.

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra