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Indústria prevê normalização da oferta de chips apenas em 2023

Projeção leva em conta a guerra na Ucrânia, região de onde se originam dois insumos importantes na produção dos chips

Linha de produção de produtos eletrônicos com funcionários em macacão azul, alusivo aos chips necessários à indústria

Em fevereiro, a escassez de chips foi responsável por atrasos ou até mesmo paralisações parciais de produção em 44% das empresas da indústria de eletrônicos | Foto: Getty Images

A guerra na Ucrânia pode prolongar a crise no abastecimento de componentes eletrônicos – os chips semicondutores -, frustrando expectativas da indústria de normalização ainda neste ano.

A maioria das empresas (45% do total) do setor de aparelhos eletrônicos acredita agora que a regularização do quadro de escassez global de chips só vai acontecer em 2023.

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A parcela de empresas que ainda espera normalização até o fim deste ano caiu de 53% para 36% em fevereiro contra janeiro.

É o que mostra a última sondagem feita com associados pela Abinee, entidade que representa a indústria de aparelhos eletroeletrônicos.

A preocupação se deve ao fato de vir da região em conflito dois insumos importantes na produção dos semicondutores: paládio e gás neônio.

A falta de componentes eletrônicos representa o maior gargalo das fábricas de produtos como celular, notebook e televisão, entre outros aparelhos eletrônicos.

No mês passado, foi responsável por atrasos ou até mesmo, em menor número, paralisações parciais de produção em 44% das empresas do setor.

A indústria monitora com atenção o impacto da guerra nos custos, principalmente dos fretes, que já vinham escalando, e no abastecimento.

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Projeção de crescimento da indústria com a crise dos chips

Pouco mais da metade das fábricas (52%) ainda relata dificuldade na aquisição de insumos, mais concentrada nos componentes eletrônicos, sendo que um em cada quatro fabricantes de aparelhos eletroeletrônicos funcionou no mês passado com estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal.

Por enquanto, contudo, as fábricas de eletroeletrônicos ainda não sofreram, em geral, com rupturas adicionais no fornecimento de peças decorrentes do conflito.

A expectativa ainda é de crescimento, porém o otimismo está mais moderado, o que se reflete em dois meses de queda no índice de confiança do setor.

Se até dezembro 76% das empresas projetavam aumento das vendas em 2022, no mês passado esta participação recuou para 64%. (AE)

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