Inflação fica abaixo do esperado nos Estados Unidos
Queda nos preços da gasolina e da energia seguraram o CPI. Núcleo do índice, que exclui itens voláteis, porém, subiu 0,3%
10/08/2022Depois de crescer 1,3% em junho, a inflação ao consumidor nos EUA medida pelo Consumer Price Index (CPI) ficou estável no mês de julho. Os principais componentes que seguraram o índice foram os combustíveis e a energia. O resultado dá alívio ao mercado, pois pode levar a um aperto menor nos juros.
O núcleo do CPI, que exclui itens voláteis como a própria energia e os alimentos, porém, teve alta de 0,3% no último mês. Em 12 meses, o CPI acumula alta de 8,5% e o núcleo, crescimento de 5,9%.
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Os dados com ajustes sazonais foram divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Conforme a pasta, os preços da gasolina tiveram variação negativa de 7,7% em julho, compensando os aumentos na alimentação (1,1%) e habitação. Já os preços de energia caíram 4,6%, ajudando a segurar a inflação dos EUA em julho.
Olhando para o núcleo do índice, os componentes moradia, assistência médica, seguro de veículos automotores, móveis e operações domésticas, veículos novos e recreação contribuíram para a leve alta em base mensal.
Por outro lado, caíram passagens aéreas, carros e caminhões usados, comunicação e vestuário.
Na análise dos componentes mais voláteis, o índice de energia cresceu 32,9% nos 12 meses encerrados em julho, um aumento menor do que o de 41,6% observado em junho. O índice de alimentos, por sua vez, subiu 10,9%, o maior aumento em 12 meses desde 1979.
“Esses números tiram da mesa a chance de o Fed (banco central dos EUA) subir os juros em 75 pontos-base e hoje temos dois membros do Fed que são mais dovish, ou seja, mais a favor de não subir juros, discursando e eles devem reforçar a alta de 50 pontos-base E agora o jogo está aberto”, diz Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed.