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Dólar fecha em queda após inflação desacelerar nos Estados Unidos

A moeda americana recuou 0,87% e foi vendida a R$ 5,08, depois de oscilar entra R$ 5,03 e R$ 5,14, com o mercado com o apetite maior ao risco

Dólar

Com esse desempenho do CPI. reforça a tendência de que o Fed seja menos agressivo nas medidas monetárias para controlar a inflação | Foto: Getty Images

O dólar fecha em queda nesta quarta-feira, 10, após a divulgação dos dados do índice de inflação dos Estados Unidos. A moeda americana recuou 0,87% e foi vendida a R$ 5,08, depois de oscilar entra R$ 5,03 e R$ 5,14.

Com o resultado a moeda americana acumula queda de quase 2% no mês. No ano, o dólar também tem desvalorização de mais de 8% frente ao real.

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“O dólar sentiu a pressão e caiu frente ao real, precificando uma taxa de juros um pouco menor lá fora do que se vinha esperando. Com um número de CPI mais fraco, por mais que o discurso do FED continue bem duro, o mercado começa a precificar um range entre 3.25% e 3.5% no final do ano”, disse, Marcelo Oliveira, da Quantzed.

O dado que mede a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho veio estável em relação ao mês anterior, o que reforça a tendência de uma política monetária menos contracionista.

Segundo o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, o núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, subiu 0,3% no comparativo. A expectativa do mercado era de uma alta de 0,5%.

Conforme os dados, em 12 meses, a inflação nos Estados Unidos recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho. Com esse desempenho dos preços no mercado americano, reforça a tendência de que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) seja menos agressivo nas medidas monetárias para controlar a inflação, o que dá mais força para as outras divisas frente ao dólar.

“Estes números tiram da mesa a chance de o Fed subir 75 p.p. e agora o jogo está aberto. Se continuar com a tendência do petróleo caindo, provavelmente o Fed vai dar 50 p.p na próxima reunião e talvez até parar de subir juros ou vai com 50 p.p e afirma que começa a diminuir o aumento nas próximas reuniões”, disse, Fabio Fares, especialista em macro da Quantzed. 

No mercado interno, o mercado avalia os dados de vendas do varejo no País que recuaram 1,4% na passagem do mês de maio para junho. É a segunda variação negativa consecutiva do setor, que acumula retração de 0,8% em dois meses, na comparação com o bimestre anterior.

O resultado de junho traz a maior variação negativa para o comércio desde dezembro do ano passado, quando a queda foi de 2,9%.

No primeiro semestre do ano, há uma alta acumulada de 1,4% frente ao mesmo período de 2021, e, nos últimos 12 meses, perda de 0,9%. Nesse último indicador, também é o segundo mês consecutivo no campo negativo, o que não acontecia desde agosto de 2017.

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