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China tem inflação de 2,7% em julho e índice deve subir mais

O Banco do Povo da China admitiu que o índice de preços ao consumidor (CPI) do país pode ultrapassar 3% na segunda metade de 2022

Feira na China

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira após a divulgação de dados de inflação ao consumidor da China | Foto: Getty Images

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China avançou 2,7% em julho, na comparação anual, informou nesta quarta-feira, 10, pelo horário de Pequim, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).

O resultado representa uma aceleração ante a alta de 2,5% do mês de junho e ficou abaixo da previsão de alta de 2,9% dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. Em relação a junho, o CPI subiu 0,5%.

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O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) desacelerou pelo nono mês consecutivo, o que sugere que a pressão inflacionária sobre a economia em geral está moderada.

O PPI subiu 4,2% em julho, na comparação anual, após subir 6,1% em junho. A expectativa de analistas era de alta de 4,5%. Ante o mês de junho, o PPI recuou 1,2%. 

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira, 10, após a divulgação de dados de inflação ao consumidor (CPI) da China e na expectativa para o mesmo indicador de preços dos EUA.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto caiu 0,54%, a 3.230,02 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,35%, a 2.180,83 pontos.

Banco do Povo da China admite inflação de mais de 3% em 2022

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) admitiu que o índice de preços ao consumidor (CPI) do país pode ultrapassar 3% na segunda metade de 2022, em seu relatório de política monetária do segundo trimestre.

O BC chinês também alertou que não pretende “inundar” a economia com liquidez excessiva, à medida que reforça o suporte financeiro com medidas já existentes. Segundo o PBoC, a recuperação do consumo foi prejudicada pela renda familiar fraca e balanços patrimoniais danificados. A autoridade monetária também disse que são necessários mais esforços para resolver o crescente desemprego entre os jovens e estabilizar o setor de serviços do país.

A economia chinesa cresceu apenas 0,4% em relação ao ano anterior no segundo trimestre, tornando quase impossível a meta de crescimento estabelecida pelo governo de cerca de 5,5%. Os líderes chineses abandonaram implicitamente a meta de crescimento em uma reunião no final do mês passado, mas prometeram manter sua rigorosa política contra a covid-19 antes de uma importante reunião política nos próximos meses.

No relatório trimestral, o PBOC reiterou que o governo não usará o setor imobiliário para estimular a economia no curto prazo, mas apenas para apoiar a demanda real de moradias.

O banco central chinês também disse que planeja simplificar os procedimentos para investidores estrangeiros operarem no mercado financeiro chinês, bem como diversificar a gama de produtos de investimento disponíveis. (AE)

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