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Inflação nos EUA desacelera mais que o esperado e eleva apostas em corte de juros

Índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos desacelerou para 0,1% em março, indicando inflação anual de 5%, abaixo dos 6% no mês anterior

Vista de NY

Inflação menor que a prevista pelos analistas é novo ingrediente no debate sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos | Foto: Getty Images

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos desacelerou para 0,1% em março em comparação a fevereiro, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 12, pelo Departamento do Trabalho. O resultado representa um recuo em relação à alta de 0,4% de fevereiro e deve alimentar apostas em um corte dos juros no segundo semestre.

A inflação americana ficou abaixo do esperado por economistas consultados pela agência Bloomberg, que estimavam alta de 0,2% no mês. Também ficou abaixo da mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,2%.

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Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,4% na comparação mensal de março, vindo em linha com o consenso do mercado.

Na comparação anual, o CPI dos EUA subiu 5% em março, desacelerando fortemente em relação ao ganho de 6% de fevereiro. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 5,6% no mês passado, ganhando leve força ante o avanço de 5,5% de fevereiro.

O CPI anual de março ficou abaixo da expectativa do mercado, de acréscimo de 5,2%, enquanto o núcleo anual do CPI veio em linha com o esperado.

Biden comemora desaceleração da inflação nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o índice de preços ao consumidor divulgado hoje mostra “progresso continuado na nossa luta contra a inflação”. Ele notou, em comunicado, o fato de que a inflação em 12 meses está na mínima desde maio de 2021 no país.

Biden disse que o mercado de trabalho segue “historicamente forte”, enquanto a inflação já caiu em 45% desde seu pico no verão local. Ao mesmo tempo, ele aponta que a inflação “continua muito elevada” e que busca progresso para dar mais fôlego à classe trabalhadora.

O presidente americano ainda ressalta que continua a luta do governo para reduzir custos às famílias. E rejeita propostas de republicanos no Congresso para reduzir impostos para as empresas mais ricas e maiores.

(Com AE)

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