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Justiça aceita pedido da Light e suspende pagamento de dívida bilionária por 30 dias

A Light tem mais de R$ 11 bilhões em dívidas, sendo cerca de R$ 7 bilhões em debêntures e R$ 3,1 bilhões em títulos emitidos no exterior

Torres de energia

Na semana passada, a empresa de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas de crédito da companhia de B3 para Caa3 | Foto: Getty Images

A 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro aceitou o pedido da Light (LIGT3) de suspensão de pagamento de dívidas financeiras. O juiz Luiz Alberto Carvalho Alves considera que existe “perigo de dano iminente” à população fluminense usuária dos serviços de energia elétrica. A suspensão vale por 30 dias. A empresa entrou com uma medida cautelar na Justiça esta semana pedindo liminares para suspensão do pagamento de suas dívidas, além da instauração de procedimento de mediação coletiva com os credores.

Em fato relevante, a empresa diz que esta ação de tutela cautelar é a medida mais adequada neste momento “para permitir e viabilizar a readequação e/ou equalização das obrigações abrangidas pela medida cautelar, inclusive por meio de negociações coletivas em ambiente específico e apropriado para tanto, e a implementação de melhorias na estrutura de capital das companhias”.

Saiba mais

A medida foi ajuizada em segredo de justiça e caráter de urgência, segundo a empresa. A Light tem mais de R$ 11 bilhões em dívidas, sendo cerca de R$ 7 bilhões em debêntures e R$ 3,1 bilhões em títulos emitidos no exterior (bonds).

Na semana passada, a empresa de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas de crédito da companhia de B3 para Caa3 – que indica uma potencial perda para credores de parte do que foi investido na empresa ou desdobramentos que resultem em calote.

Agência de risco alerta dobre dívidas da Light

A nota Caa3 implica altas chances de default, com uma taxa de recuperação média para credores entre 65% e 80%.

“A liquidez é apertada diante das contínuas exigências de capex (investimento) para manter a qualidade da concessão e o serviço de sua dívida de R$ 1,198 bilhão em 2023 e R$ 2,651 bilhões em 2024 “, disse a Moody’s.

Sem qualquer injeção de recursos externos, a agência estima que a posição atual de caixa é suficiente para cumprir com suas obrigações somente até setembro desde ano. (AE)

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