Macaco com chip joga game a troco de banana. Vídeo

A Neuralink, a empresa americana de tecnologia voltada para a interface de cérebros humanos com computadores, divulgou um vídeo no YouTube de um macaco capaz de usar o cérebro para manejar um jogo eletrônico básico de ping-pong digital.

O brinquedo eletrônico chamado Pong foi o primeiro videojogo lucrativo da história, que deu origem à marca Atari, em 1972, e ao imenso mercado de jogos eletrônicos atual.

O vídeo de pouco mais de três minutos mostra o macaco chamado Pager, de 9 anos, controlando o jogo sem usar as mãos. Mas mediante recompensa em bananas.

Empresa implantou chip cerebral no macaco

“O macaco está literalmente jogando um videogame telepaticamente usando um chip cerebral”, escreveu o fundador da Neuralink, Elon Musk, no Twitter.

Entenda o chip na cabeça do macaco

O macaco tem dois dispositivos Neuralink colocados nos dois lados do cérebro há seis semanas, e aprendeu a usar um joystick para mover um cursor para alvos em uma tela. A cada acerto, ele recebe um em troca de um pedaço de banana através de um canudo, diz o narrador.

Segundo o vídeo, os dispositivos da empresa registraram a atividade do neurônio enquanto ele interagia com o computador. Isso foi possível devido aos mais de 2.000 pequenos fios implantados nas regiões de seu córtex motor que coordenam os movimentos de mão e braço, diz o narrador.

Esses dados alimentam um “algoritmo decodificador” para prever os movimentos de mão pretendidos por Pager em tempo real.

Com o decodificador calibrado, a Neuralink disse que o macaco foi capaz de usá-lo para mover o cursor onde ele queria que ele fosse, em vez de usar o joystick. O vídeo mostra o macaco controlando a raquete virtual no jogo enquanto o joystick é desconectado.

Pesquisa para pessoas com paralisia

A Neuralink á fez uma demonstração anterior para tentar provar sinais neurais em um porco, chamado de Gertrude.

Com sede em São Francisco, neuralink tenta descobrir o caminho para fazer a informação fluir do cérebro humano para uma máquina.A empresa espera que seus dispositivos em breve permitam que humanos paralisados usem suas mentes para operar máquinas.

O primeiro produto poderá permitir que um humano paralisado use um smartphone com sua mente mais rápido do que alguém usando seus polegares.

A longo prazo, a empresa acredita ser possível que os humanos enviem conceitos uns aos outros usando telepatia. E também que os conhecimentos de cérebros humanos possam ser salvos e inseridos depois em outra pessoa ou em robôs. Por enquando, a empresa reconhece que isso não passa de ficção científica.