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Maior do mundo em carvão investe em energia solar

Maior empresa de mineração de carvão do mundo anunciou que vai passar a investir de forma agressiva em fontes de energia limpa

Carvão

Empresa quer competir nos leilões de energia solar da Índia e ganhar projetos oferecendo os preços mais baixos para energia limpa | Foto: Getty Images

A maior empresa de mineração de carvão do mundo anunciou que vai passar a investir em energia solar.

A Coal India Limited (CIL) planeja investir em um projeto de energia solar de 3 mil megawatts em uma joint venture com a estatal indiana NLC.

A empresa quer competir nos leilões de energia solar da Índia e ganhar projetos oferecendo os preços mais baixos para energia limpa.

O presidente da CIL, Pramod Agarwal, explicou à BBC que o carvão tende a perder negócios nas próximas décadas, enquanto a energia solar está crescendo significativamente.

O projeto solar da empresa com a NLC India é estimado em US$ 1,73 bilhão, e a CIL deverá investir cerca de metade desse valor até 2024.

Mineradora demitiu 18,6 mil trabalhadores

O grupo fechou 82 minas em três anos até março de 2020, e reduziu sua força de trabalho em 18,6 mil funcionários.

Atualmente, a Índia usa cerca de um bilhão de toneladas de carvão anualmente, ocupando o segundo lugar no consumo mundoal, atrás da China.

A CIL deve produzir 710 milhões de toneladas de carvão entre 2020 e 2021, de acordo com o ministério do carvão da Índia.

A Índia espera uma mudança significativa em seu mix de energia nos próximos anos para ajudá-la a cumprir suas metas climáticas.

O país é signatário do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas, e se comprometeu a reduzir suas emissões em até 35% até 2030 em comparação aos níveis de 2005. No ano passado, as emissões do país caíram pela primeira vez em décadas.

Embora as emissões mais baixas tenham sido em parte devido às rigorosas medidas de bloqueio do Covid-19, a menor demanda por carvão também foi um fator. A Índia espera gerar 175GW de capacidade de energia renovável até o próximo ano, com uma meta de 450GW até o final da década.

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