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Marco de garantias: lei que facilita o crédito é aprovada

O Marco de Garantias facilita a obtenção de crédito ao permitir que um mesmo bem seja usado em mais de uma operação de crédito

Marco de Garantias

Com garantias mais sólidas, as instituições financeiras podem reduzir os juros dos empréstimos | Foto: Getty images

A Câmara aprovou ontem o Marco de Garantias, uma das apostas do Ministério da Fazenda para destravar a concessão de crédito, aumentar o consumo das famílias e impulsionar o crescimento econômico. Foram 305 votos favoráveis, 11 contrários e cinco abstenções. O projeto de lei já havia passado na Casa, mas voltou para análise dos deputados após ter sido modificado no Senado. O texto agora vai para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Marco de Garantias facilita a obtenção de crédito ao permitir que um mesmo bem (um imóvel, por exemplo) seja usado em mais de uma operação de crédito. O raciocínio é que, com garantias mais sólidas, as instituições financeiras poderiam reduzir os juros dos empréstimos.

Apresentado ainda no governo Bolsonaro, o projeto foi abraçado pela equipe econômica da gestão Lula. A avaliação da Fazenda é de que, ao deixar mais fácil a tomada de empréstimos com a redução do risco de inadimplência, a medida deve aumentar o consumo e impulsionar o crescimento econômico.

Relator aceita mudanças no Marco das Garantias feitas pelo Senado

O relator do texto, deputado João Maia (PLRN), aceitou algumas das mudanças feitas pelo Senado. Uma delas manteve o monopólio da Caixa Econômica Federal em penhoras civis, um dos pontos mais polêmicos do texto. Os deputados haviam retirado essa exclusividade do banco público. Mas o Senado retomou o monopólio, decisão respaldada pelo parlamentar.

O deputado também aceitou a exclusão da possibilidade de execução extrajudicial. Hoje, os credores precisam acionar a Justiça para receber os bens dados como garantia, quando há inadimplência. A primeira versão do projeto permitiria que a execução fosse feita diretamente pelos cartórios, mas esse dispositivo foi derrubado pelo Senado. Maia manteve a versão dos senadores. (AE)

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