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Meio ambiente é chave para retomada do crescimento, afirma Mendonça de Barros

O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, afirma que uma guinada na política ambiental pode ser um dos principais chamarizes de investimento internacional

Amazônia vista de satélite

A Amazônia tem papel crucial para o clima no mundo e o Brasil pode se tornar uma potência do meio ambiente | Foto: Getty Images

Apesar das perspectivas para um 2023 difícil na área econômica, há oportunidades para o governo Lula amenizar esse cenário e preparar o País para avançar em 2024. O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, afirma que uma guinada na política ambiental pode ser um dos principais chamarizes de investimento internacional.

Segundo ele, medidas de preservação do meio ambiente, aliadas à retomada da diplomacia e a investimentos na área de educação e pesquisa, podem elevar o fluxo de capital para o País. Consequentemente, a taxa de câmbio recuaria, diminuindo a inflação e permitindo queda da taxa de juro.

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“Essas medidas não dependem do Congresso nem de grande volume de dinheiro. Com o fiscal, isso permite algo rápido e construtivo.” Mendonça de Barros acrescenta, porém, que isso precisa ser feito ao mesmo tempo que se cria uma regra fiscal “crível”. A seguir, trechos da entrevista.

Brasil pode se tornar potência na questão do meio ambiente, afirma Mendonça de Barros

“É preciso um conjunto de ações que vão além das reformas administrativa e tributária, por exemplo. O que o governo Lula tem possibilidade de definir rapidamente é acabar com a destruição da Amazônia. Isso e a diplomacia podem ser fundamentais. O Brasil pode se tornar uma potência verde. Amazônia, meio ambiente, Itamaraty e energia formam um conjunto fundamental e uma alavanca de retomada rápida”.

Ele também defende investimentos em educação, ciência e tecnologia. “Universidades estão sofrendo asfixia. Uma política que mude isso e a questão ambiental têm a possibilidade de abrir a porta para investimentos. Com isso sendo bem feito, o câmbio cai e tende a ajudar o trabalho fiscal. Aí, o Banco Central pode reduzir o juro”, comenta. (AE)

 

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