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Mundo pode estar diante de um dos maiores choques de energia

Os preços do petróleo atingiram seu nível mais alto desde 2008, impulsionados pelaguerra na Ucrânia e sansões à economia russa

crise de energia

Pressão inflacionária global é agravada pelo conflito grave na região produtora de petróleo e gás | Foto: Getty Images

Após as fortes quedas de ontem, ocasionadas pelo pânico que tomou conta dos investidores ao redor do mundo, os mercados amanhecem em ligeira recuperação e um clima um pouco mais ameno. Bolsas americanas levemente em alta e Europa com um pouco mais de consistência. A dinâmica parece muito mais uma correção do movimento exagerado do último pregão do que uma sinalização de melhora da situação.

Os preços do petróleo atingiram seu nível mais alto desde 2008, impulsionados pela escalada do conflito militar na Ucrânia e pela crescente percepção de que as sanções impostas poderiam reduzir de forma significativa e sustentável as exportações russas. Especialistas de mercado comentam que podemos estar diante de um dos maiores choques de fornecimento de energia da atualidade.

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As constantes altas não se restringem ao preço do petróleo. Metais preciosos, como ouro e prata, seguem sua tendência de alta e o níquel já atinge seus maiores valores da história. Além disso, com a interrupção logística no transporte do Mar Negro e os custos crescentes de insumos, os mercados globais de grãos apresentaram fortes altas na semana passada e devem gerar o choque mais acentuado nos mercados globais de grãos desde o “Great Grain Robbery” em 1973.

A inflação no mundo é bastante preocupante e a crise geopolítica não tem precedentes, apenas o tempo e as decisões dos líderes ditarão os próximos passos dessa complicada situação.

Aqui no Brasil, vivemos os desdobramentos dessa história. A alta do petróleo vem pressionando a Petrobras a reajustar os preços da gasolina para cima para acompanhar o mercado internacional. O problema é que estamos em um ano eleitoral e com um combustível já muito caro, o que torna esse aumento uma tarefa bastante complicada. Para tentar contornar essa situação, os líderes do governo e da empresa se reunirão hoje. Em reação às ideias iniciais propostas ontem, as ações de PETR4 caíram mais de 7%.

Os acontecimentos dos últimos dias e as incertezas cada vez maiores, corroboram a nossa tese de procura por proteção. Um movimento que está sendo feito pelos investidores ao redor do mundo e que deve ser seguido por todos que buscam uma carteira sólida e robusta.

Uma ótima terça a todos e bons negócios!

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