Minério vai a US$ 160 com temor de quebra de oferta global
Preço da commodity chegou a US$ 161,65 a tonelada, uma alta de 5,67% no porto de Qingdao
07/03/2022A guerra na Ucrânia pode afetar o fornecimento de minério de ferro na China, o maior consumidor mundial. Tanto no mercado à vista quanto nos contratos futuros, a preocupação com a restrição de commodities ditaram os negócios nesta segunda-feira.
Com isso, os preços do minério com 62% de teor de ferro subiram 5,67% no porto de Qingdao, nesta segunda-feira, 7. A principal matéria-prima do aço foi cotada a US$ 161,65 a tonelada.
As ações de empresas ligadas á commodity operam em alta nesta segunda-feira. A Vale subia 3,63%%, às 13h e era negociada a R$ 105,67. Já os papés da CSN estavam a R$ 29,87 e evoluía a 3%.
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Segundo a publicação especializada Fastmarkets MB, a alta ocorreu devido às preocupações de oferta reduzida para a China com o conflito Rússia-Ucrânia.
“Desde fevereiro, os preços do minério de ferro têm sido apoiados pelo aperto no fornecimento global de commodities criado pela invasão da Ucrânia pela Rússia”, disse a publicação.
Os contratos futuros de minério seguiram o mercado à vista e subiram atingindo uma máxima de seis meses. Os futuros de minério de ferro de referência na bolsa de commodities de Dalian. na China, para entrega em maio, terminaram em alta de 7,1%, para 870 yuans (US$137,69) por tonelada, o maior preço de fechamento desde 31 de agosto.
Nesta segunda-feira, o governo chinês informou que as importações de minério de ferro nos dois primeiros meses de 2022 ficaram quase estáveis em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo os dados, o maior consumidor de minério de ferro do mundo importou 181,1 milhões de toneladas em janeiro e fevereiro. No mesmo período do ano passado, as compras chinesas da principal matéria-prima do aço chegaram a 181,5 milhões de toneladas.