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Banco asiático suspende operações de crédito ligadas à Rússia e Belarus

O AIIB, que fomenta projetos de infraestrutura, tem grande influência da China. Ao todo, 170 projetos foram interrompidos

Fachada do AIIB, banco asiático de infraestrutura que suspendeu operações relacionadas à Rússia e a Belarus

Instituição multilateral foi idealizada pela China, em 2014, como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial | Foto: Divulgação/AIIB

O Banco de Investimento Asiático em Infraestrutura (AIIB) anunciou nesta quinta-feira, 3, que suspendeu as operações de crédito relacionadas a projetos de interesse da Rússia e de Belarus.

A instituição multilateral foi idealizada pela China, em 2014, como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, entidades fortemente ligadas aos Estados Unidos e países ocidentais.

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Com sede em Pequim, capital chinesa, tem 57 membros fundadores. Entre eles, a própria Rússia, que tem uma cadeira no conselho de administração do banco.

Além disso, o presidente do AIIB é chinês. Logo, o movimentou chamou a atenção e afastou desconfianças sobre o órgão acabar sendo submetido às políticas chinesas.

A China é um dos países que evitam criticar o governo de Vladimir Putin pela invasão e guerra na Ucrânia.

Em comunicado, a instituição afirmou que fará “o possível para salvaguardar a integridade financeira do AIIB, tendo como pano de fundo a evolução da situação econômica e financeira”.

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Projetos e união de Rússia e Belarus

Os russos têm junto ao AIIB um total de 168 projetos de infraestrutura aprovados. Somados, os valores chegam a US$ 34 bilhões, conforme apuração do Wall Street Journal.

Belarus, que é aliada da Rússia, por sua vez, tem dois projetos propostos junto ao banco.

O país, que é governado pelo autocrata Aleksandr Lukashenko, tem apoiado as ações militares russas, cedendo seu próprio território para os ataques à Ucrânia.

A Rússia desempenha um papel importante na gestão do AIIB, com 6% do poder de voto, o terceiro maior stakeholder depois da China e da Índia.

Porém, países que não fazem parte da região, como o Brasil, também têm participação no banco.

Juntas, as fatias de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) têm 23% do poder de voto.

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