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Commodities ditam rumos do mercado mundial

O petróleo deve continuar pressionado pelas tensões geradas pela guerra e pode chegar a US$ 120 dólares o barril

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Vale, Usiminas e outras empresas ligadas ao minério subiram forte, acompanhando as seguidas altas da commodities | Foto: Getty Images

Enquanto todos os olhos estavam voltados para os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, a bolsa brasileira permanecia fechada por conta do feriado de Carnaval. O mundo, de fato, mudou muito nesse período, mas as commodities continuam influenciando o mercado global. As tensões aumentaram, diversas sansões foram feitas à economia russa e a estrutura geopolítica que conhecemos começou a dar sinais de ruptura.

Os desdobramentos dessa guerra são imprevisíveis, assim como seus impactos nas bolsas ao redor do mundo. Não sabemos ao certo o que está sendo discutido pelo ocidente, qual a posição da China e, muito menos, o que está passando pela cabeça do Putin. Nesse cenário, seria ingênuo da nossa parte tentar adivinhar os próximos capítulos desse conflito, por isso, precisamos nos ater aos fatos e quais as oportunidades que eles podem nos trazer.

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Do lado das commodities, os investidores não mudaram seu viés de alta. O petróleo deve continuar pressionado pelas tensões geradas pela guerra e pode chegar a US$ 120 dólares o barril. Segundo analistas, nem mesmo o anúncio da IEA (International Energy Agency), informando que liberará 60 milhões de barris de suas reservas de emergência será suficiente para conter a alta no curto prazo.

Ações de commodities recomendadas no atual cenário

Acredita-se que apenas a destruição de demanda – por meio do aumento de preços – será capaz de balancear o mecanismo. O Safra reitera a recomendação de compra para RRRP3, PRIO3 e PETR4, sendo que a última possui certo risco político, por isso é recomendada a alocação com proteção.

O ouro, assim como outros metais, deve continuar servindo como porto seguro e manter sua tendência de alta. Por conta da crise de fertilizantes e, consequentemente, o aumento dos preços dos grãos, vemos um risco de inflação na proteína animal, que pode beneficiar empresas do setor.

Aqui no Brasil, o pregão mais curto foi utilizado para atualizar os preços dos ativos, após as mudanças ocorridas no feriado. Vale, Usiminas e outras empresas ligadas ao minério subiram forte, acompanhando as seguidas altas da commodities. Mesma dinâmica foi vista em Petrobras, 3R e Petrorio, que valorizaram na esteira do petróleo.

Enquanto isso, nos EUA, a fala do Powell de que o FED aumentará sua taxa de juros em 25bps na próxima reunião do dia 16/03, serviu como alívio para os mercados, que estavam desesperados por algum tipo de sinalização nessa linha.

Refletindo muito bem o momento, a volatilidade do mercado continua elevada. O VIX (principal indicador de volatilidade do mercado americano), por exemplo, voltou a níveis vistos apenas em momentos de pânico generalizado. Se por um lado existe muita incerteza, por outro, as posições dos grandes fundos estão mais leves e as alocações parecem mais bem pensadas do que em crises recentes.

Marcel Todeschini de Assunção – Mesa de Estratégia – Banco Safra

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