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Nike tropeça nas restrições da cadeia global de suprimentos

A gigante de calçados esportivos Nike relata perdas no trimestre provocadas pela desaceleração da produção e dos transportes no mundo

Nike

Relatório de Inflação do Banco Central prevê crescimento de 1% em 2023 | Foto: Getty Images

As restrições da cadeia de suprimentos global continuam prejudicando as vendas da Nike. A gigante dos tênis informou pelo segundo trimestre consecutivo que seu crescimento foi afetado pela desaceleração na produção e no transporte de seus produtos ao redor do mundo.

A Nike registrou receita de US$ 11,4 bilhões no trimestre encerrado em 30 de novembro, um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto analistas esperavam US$ 11,2 bilhões.

No trimestre anterior, a Nike informou um atraso de dez semanas na produção por causa de um bloqueio no Vietnã e disse que esperava um crescimento estável da receita para o trimestre de novembro.

Nesta segunda-feira, a empresa anunciou que as receitas na China, Ásia-Pacífico e América Latina diminuíram principalmente por causa dos baixos níveis de estoque resultantes do fechamento de fábricas relacionadas à covid-19.

Mandatos locais na China para reduzir a disseminação da doença afetaram as operações de um quarto dos parceiros de varejo da Nike e metade das fábricas que trabalham com a empresa.

A Nike disse que as medidas para impedir a propagação do vírus na China continuam a aumentar a volatilidade no tráfego de varejo, mas viu o tráfego se recuperar para níveis pré-pandêmicos em alguns momentos durante o trimestre. Os executivos da Nike disseram que esperam que a situação do estoque melhore.

Já o bloqueio no Vietnã fez com que a Nike cancelasse a produção de cerca de 130 milhões de unidades. Mais da metade dos calçados da Nike e cerca de um terço de sua fabricação de roupas ocorre no Vietnã, onde os casos da covid-19 tiveram a maior média diária na semana passada. O lucro líquido da Nike no trimestre de novembro foi de US$ 1,3 bilhão, um aumento de 7% em relação ao ano anterior.

Com a variante Ômicron do coronavírus se espalhando rapidamente pelo mundo, há uma nova incerteza sobre se o fechamento de portas ou fábricas pode interferir na produção ou nos cronogramas de embarque. Alguns países estão impondo restrições para conter o número de infecções. (AE)

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