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Romancista da Tanzânia vence o Nobel de Literatura

Academia sueca anunciou o prêmio Nobel de Literatura para o escritor Abdulrazak Gurnah, por sua obra sobre efeitos do colonialismo e os destinos dos refugiados

Nobel de Literatura

Romancista Abdulrazak Gurnah é conhecido por sua literatura pós-colonial na África Oriental | Foto: Divulgação

O prêmio Nobel de Literatura de 2021 é o romancista Abdulrazak Gurnah. A Academia Sueca fez na manhã desta quinta-feira o anúncio.

Nascido na ilha de Zanzibar e radicado no Reino Unido, ele é conhecido por sua literatura pós-colonial na África Oriental.

O comitê justificou a escolha “por sua rigorosa e compassiva investigação sobre os efeitos do colonialismo e os destinos dos refugiados no golfo Pérsico, entre culturas e continentes”.

Nobel de literatura chegou à Inglaterra como refugiado

Gurnah nasceu em 1948, cresceu na ilha de Zanzibar e chegou à Inglaterra na década de 1960 como refugiado. O romancista começou a escrever aos 21 anos de idade e publicou dez livros e diversos contos ao longo da carreira. A temática de refugiados é a base de todo seu trabalho.

Seu livro de estreia (“Memory of Departure”) foi lançado em 1987 e conta a história de um jovem talentoso que tenta uma nova vida sob a proteção do tio em Nairobi, mas em vez disso, é humilhado e precisa retornar para sua família problemática, incluindo um pai alcoólatra e uma irmã que é forçada a se prostituir.

“Pilgrims Way” (1988), “Dottie” (1990) e “Paradise” (1994) foram os livros seguintes do romancista. Sua obra mais recente, “Afterlives”, foi lançada em 2020, e conta a história de Hamza, um jovem que é forçado a ir para a guerra ao lado dos alemães e se torna dependente de um oficial que o explora sexualmente.

Academia sueca foi criada há 232 anos

Fundada há 232 anos pelo rei da Suécia com o objetivo inicial de proteger seu idioma, a Academia Sueca seleciona desde 1901 o vencedor do Nobel, que hoje ganha um prêmio de 10 milhões de coroas suecas, ou cerca de 6 milhões de reais.

Dos 118 escritores escolhidos até hoje, apenas 16 foram mulheres. Só três pessoas negras venceram até hoje: a americana Toni Morrison, o nigeriano Wole Soyinka e Derek Walcott, da ilha caribenha de Santa Lúcia.

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