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Ofertas iniciais de ações na B3 em 2021 somaram R$ 55 bilhões

Saldo dos 52 IPOs na bolsa brasileira superou a marca de 2020 em quantidade e volume de recursos captados pelas companhias

Fachada da B3, a bolsa de valores brasileira, onde ocorrem as ofertas iniciais de ações

Destaque de 2021 foi a abertura de capital da Raízen (RAIZ4), no início de agosto. no valor de R$ 6,9 bilhões | Foto: Divulgação/B3

O saldo final de ofertas iniciais de ações (IPOs) em 2021 na B3, a bolsa de valores brasileira, já superou a marca de 2020 em quantidade e volume de reais.

Ao todo, 52 ofertas movimentaram R$ 54,9 bilhões neste ano – sendo 30 ofertas do tipo primária (R$ 35,9 bilhões) e 22 do tipo secundária (R$ 18,9 bilhões), segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Em 2020 foram concluídos 45 IPOs, dos quais 25 foram ofertas primárias, com movimentação de R$ 26,1 bilhões, e 20 ofertas secundárias, com volume total de R$ 18,4 bilhões.

Mas o destaque de 2021 foi a abertura de capital da Raízen (RAIZ4), realizado no início de agosto. Com uma oferta do tipo primária, o IPO capitalizou R$ 6,9 bilhões com a forte demanda de investidores, inclusive estrangeiros. O preço por ação no IPO ficou em R$ 7,40, no piso da faixa indicativa de até R$ 9,60.

Constituída como uma joint venture entre a petroleira Shell (RDSA35) e a Cosan (CSAN3-1,17%), a empresa atua na produção de combustível e açúcar para uso interno, exportação e indústria desde 2011.

Já o segundo maior IPO em 2021 foi cravado pela CSN Mineração (CMIN3), em fevereiro: foram captados R$ 5,2 bilhões, somando ofertas primária (R$ 1,4 bilhão) e secundária (R$ 3,8 bilhões).

A empresa é uma subsidiária da CSN (CSNA3-0,44%) e estreou com o preço de R$ 8,50, no piso da faixa indicativa, de até R$ 11,35.

Os recursos da oferta primária, segundo o prospecto da oferta, foram destinados para novos projetos e para a recuperação de rejeitos da barragem Pires e Casa de Pedra, a principal mina da empresa, em Congonhas (MG). Já o dinheiro da oferta secundária foi destinado para os acionistas que venderam suas participações.

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Mês mais movimentado de 2021 para as ofertas iniciais de ações foi fevereiro

No mês de abril, a Caixa Seguridade (CXSE3) emplacou o terceiro maior IPO de 2021, com a marca de R$ 5 bilhões. A ação foi precificada em R$ 9,67, um pouco acima do valor mínimo estipulado (R$ 9,33) na faixa indicativa, que tinha valor máximo de R$ 12,67.

A empresa estreou na Bolsa com valor de mercado de R$ 29 bilhões. Como a oferta foi 100% secundária, o dinheiro foi inteiramente para o caixa do acionista vendedor, no caso, a Caixa Econômica Federal.

O mês mais movimentado para abertura de capital neste ano foi fevereiro, com 12 empresas estreando na bolsa de valores brasileira. Juntas, as companhias movimentaram R$ 16,6 bilhões em ofertas primária e secundária.

Julho ficou na vice-liderança em número de ofertas, nove, ao todo, e registrou a maior capitalização mensal do ano: R$ 13,1 bilhões. Dois IPOs se destacaram nesse mês: o da Smartfit (SMFT3), com R$ 2,6 bilhões movimentados, e da Multilaser (MLAS3), com volume arrecadado de R$ 2,2 bilhões. As duas empresas fizeram apenas oferta primária.

Abril ficou na terceira colocação, com capitalização de R$ 10,8 bilhões em IPOs. Metade desse volume foi apenas da oferta secundária da Caixa Seguridade. (AE)

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