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Sidney Klajner

Sidney Klajner

Dia do Médico e o propósito de todos os dias

A data deve ser celebrada pela dedicação desses profissionais ao cuidado dos seus pacientes e também deve servir como inspiração para reforçar seu papel como agentes de mudanças que levem a sistemas de saúde melhores, mais inclusivos e sustentáveis

Dia do Médico

Médicos e médicas são o coração que faz pulsar as organizações de saúde e, ao mesmo tempo, precisam delas para a realização do seu propósito | Foto: Getty Images

Independentemente da especialidade ou de onde atuam, médicos e médicas são indivíduos que escolheram a profissão movidos pelo propósito de entregar saúde para as pessoas. São profissionais que dedicam seu trabalho a esse propósito, com frequência colocando-o à frente da convivência com sua família, do seu tempo de descanso e, às vezes, com sacrifício da própria saúde. São seres capazes de serem despertados no meio da noite, saírem correndo da cama para atender a uma emergência ou fazer uma cirurgia de urgência e retornarem para casa exaustos, mas felizes por terem trocado as horas de sono pelo cumprimento da missão. São capazes, como mostrou a pandemia, de dobrar, triplicar a jornada para cuidar de pacientes e tratar uma doença desconhecida que poderia até infectá-los. Assim, o Dia do Médico é, sobretudo, uma data de celebrar e reconhecer essa dedicação.

Nos eventos comemorativos que realizamos no Einstein com os médicos do corpo clínico de São Paulo e Goiás, eu resumi com a palavra gratidão o significado que a data tem para nós. Uma palavra que, certamente, poderia ser repetida em um imenso coro Brasil afora como celebração do Dia do Médico.

Médicos e médicas são o coração que faz pulsar as organizações de saúde e, ao mesmo tempo, precisam delas para a realização do seu propósito. É uma relação de interdependência que, bem cultivada, faz com que as duas partes se retroalimentem e evoluam, nutrindo cada vez melhor aqueles para os quais convergem suas atividades: os pacientes. Afinal, o propósito que os une é o mesmo.

Com o seu trabalho, médicos e médicas encontram, cada vez mais, diferentes formas de gerar impactos na sociedade. Da telemedicina à inteligência artificial, usam tecnologia para aprimorar os cuidados de saúde e levá-los a cada vez mais pessoas. Atuam de maneira colaborativa com outros profissionais de saúde e de outras áreas, compartilhando competências para inovar e descobrir formas de fazer mais e melhor. Mergulham em pesquisas para gerar conhecimento ou o disseminam em salas de aula, congressos e conteúdos para a população.

Precisamos muito de profissionais com perfil de liderança, capazes de promover transformações para criar sistemas de saúde, tanto no setor público como no privado, que sejam mais eficientes, sustentáveis e inclusivos. Esse é um desafio da saúde no Brasil e no mundo todo. Superá-lo não cabe unicamente aos médicos, mas eles podem atuar como protagonistas de mudanças que redirecionem os rumos da saúde e, ao fazer isso, estarão, mais uma vez, realizando o propósito que os levou à profissão.

Independentemente do que o médico ou médica optar por fazer, um importante dinamizador do exercício de entregar saúde é o joy in work, tema que utilizei na abertura que fiz ontem (17/10) do 8º Fórum Latino-Americano de Qualidade e Segurança na Saúde, promovido pelo Einstein em parceria com o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e a Clínica Alemana, em Santiago, no Chile. Joy in work diz respeito ao prazer, à satisfação no trabalho. Isso vale para aqueles que já estão na estrada e para as novas gerações. Se tiver satisfação, o desejo do profissional de fazer a diferença cresce e traz como recompensa o prazer, o orgulho pelo resultado do trabalho. É o propósito sendo realizado.

Para aqueles que têm vocação e querem fazer a diferença, não há nada melhor que se tornar um profissional de saúde. Se me colocassem hoje para escolher uma profissão, as minhas primeiras 1.500 opções seriam ser médico. E, pensando nos colegas de forma geral, acho que fariam a mesma escolha. Medicina é propósito. É paixão daquelas que, em vez de esmorecer, só ficam mais fortes com o tempo.

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Sidney Klajner é Cirurgião do Aparelho Digestivo e Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. Possui graduação, residência e mestrado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, além de ser fellow of American College of Surgeons. É coordenador da pós-graduação em Coloproctologia e professor do MBA Executivo em Gestão de Saúde no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Einstein.

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