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Redação

Todo Carnaval tem seu fim

Mercado de trabalho aquecido deve seguir ditando o ritmo de alta dos juros nos EUA e na Europa. Por aqui, todas as atenções ao novo arcabouço fiscal

Vista de Ny

Nos Estados Unidos, a alta dos juros continua desacelerando a economia e contendo os preços | Foto: Getty Images

Com os confetes e purpurinas devidamente varridos do chão, o mês de março entra em cena sempre com datas importantíssimas, como o Dia Internacional da Mulher, Dia Mundial da Água e a chegada do outono no hemisfério sul, estação mais charmosa do ano. Enquanto isso, a dinâmica da economia global segue exigindo cada vez mais da nossa atenção e tomada de decisões.

Na cena internacional, as notícias sobre a China são tranquilizadoras, aparentemente sem risco de aumento expressivo do número de casos de covid após o fim das restrições sanitárias – o que é uma excelente notícia. Vale lembrar que as economias das famílias (US$ 1 trilhão) acumuladas durante a pandemia estão ajudando a impulsionar a atividade.

Portanto, vale monitorarmos o risco de liquidez. Na Europa, a economia tem mostrado uma importante resiliência, apesar do choque de energia decorrente da guerra na Ucrânia. Há mudanças, como na indústria química, por exemplo, onde as empresas vão ter de conviver com margens menores. No entanto, o emprego vai muito bem, criando espaço para um aperto maior dos juros pelo Banco Central Europeu.

Nos Estados Unidos, a alta dos juros continua desacelerando a economia e contendo os preços. Em paralelo, lá também houve um grande aumento da poupança das famílias, o que mantém o consumo relativamente forte e o emprego aquecido.

Em linhas gerais, o mercado americano segue com a atividade bastante forte, reforçado pelos números do mercado de trabalho. A inflação segue relativamente pressionada e, portanto, há uma importante possibilidade de manutenção nos níveis de aumento de taxas de juros.

É bom lembrar que um ajuste na taxa de juros pelo Fed pode frear o desempenho das bolsas americanas. O novo encontro do Fomc será nos dias 21 e 22 de março. No mercado doméstico, vale nossas atenções ao desenrolar do novo arcabouço fiscal, que pode referenciar os preços de ativos.

Enquanto as novidades sobre este assunto não batem à porta, o momento é mais propício a posicionamentos em setores defensivos, com empresas maduras e ações mais líquidas, de preferência em setores com maior previsibilidade de resultados, como energia elétrica, commodities e financeiro.

Olhando ainda mais para frente, também deve estar muito breve em nosso radar os detalhes da reforma tributária – que devem nortear muito a nossa conversa por aqui. Mas este é um papo para o mês de abril.

Leia a íntegra do Safra Report com as recomendações de investimentos para o mês de março.

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