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Oskar Metsavaht defende projeto de Estado para a sustentabilidade

Executivo conta a trajetória e criação do Instituto-e, organização que se dedica a projetos que trabalham temas ESG

Além de fundador da marca, Oskar Metsavaht é também diretor criativo da Osklen

Fundador e diretor criativo da icônica marca brasileira de moda Osklen, Oskar Metsavaht acredita que o Brasil não perdeu definitivamente o protagonismo sustentável, mas carece de um projeto de Estado para que cresça e gere bem estar à população com a sustentabilidade.

Em entrevista à série Cenários, realizada pelo Banco Safra em parceria com o Estadão, o executivo defendeu uma política permanente que estimule todos as camadas da sociedade a investir nos conceitos ESG (ambiental, social e de governança).

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“O que precisamos é de um projeto de Estado que envolva empresas que investem em inovação tecnológica e em novos processos, a sociedade de consumo que cestá disposta a pagar uma diferença a mais em prol da causa e um governo que incetive projetos de origem sustentável”.

Para Oskar Metsavaht, a perda de fôlego do País na área sustentável é transitória e os atores internacionais estão cientes disso.

“A imagem (do Brasil) lá fora está menos prejudicada do que a gente imagina. Participei recentemente de algumas conferências lá fora e quando estou lá, represento uma marca e uma indústria que tem esforços em sustentabilidade, e enxergam no meu pequeno case o potencial. Percebem que o momento é muito mais que é uma questão de estado de governo do que de Estado em si”, diz Metsavaht.

O executivo também é criador do Instituto-e, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que trabalha em questões ESG.

Segundo Oskar Metsavaht, o nascimento da instituição veio da necessidade que ele sentiu de compartilhar os ideais e métodos sustentáveis que colocava em prática na Osklen. Hoje, a ideia de estender a sustentabilidade para toda a cadeia produtiva é um dos pilares do ESG aplicado aos negócios.

“O Instituto-e foi uma necessidade. Quando percebemos na Osklen que os conceitos que aplicávamos de sustentabilidade poderiam ser uma vantagem competitiva, surgiu a ideia do instituto. Não posso usar o desenvolvimento sustentável como uma vantagem, isso tem que vir de outras coisas. A sustentabilidade tem que ser compartilhada, tanto o pensamento quanto as metodologias, para outros membros da cadeia e do setor”, afirma Metsavaht.

Por fim, o fundador da Osklen acredita que a diminuição gradativa do consumo e a melhora da distribuição de alimentos são passos que devem ser dados o mais rápido possível, uma vez que enxerga o processo de transição para a economia verde como sendo de longuíssimo prazo.

“Viemos de uma última década de bastante consumo promovido pela indústria, processos de marketing e branding fortes. Todos sabem, principalmente as classes mais abastadas, que se consome mais do que precisa. Outra forma é otimizar distribuição de alimentos, de produtos desejados em escala pela sociedade”, diz Metsavaht. “Estamos vivendo um período de transição da civilização para uma nova economia e vai demorar até 100 anos para entrarmos de vez nisso”.

Para ver a entrevista completa, basta seguir o vídeo no canto superior à direita ou assistir diretamente pelo canal do Safra, no YouTube.

Todas as entrevistas da série Cenários podem ser assistidas por este link.

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