close

Guedes diz que dólar de equilíbrio é ‘abaixo de R$ 5’

Ministro da Economia destaca reformas estruturantes em meio a pandemia como motivo para queda maior da cotação do dólar

um dolar e 5 reais

Ministro comentou a queda do dólar abaixo de R$ 5, mas diz que cotação deve cair mais | Foto: Getty Images

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira, 23, que o câmbio de equilíbrio da economia brasileira ainda é muito abaixo do patamar atual, de R$ 5.

Guedes comentou que o dólar furou a barreira dos R$ 5,00 no fechamento do mercado financeiro na terça-feira, 22, pela primeira vez em um ano, mas destacou que a cotação da moeda norte-americana deve cair mais.

Ele repetiu que o Brasil foi o único país que fez reformas estruturantes em meio à pandemia. O ministro também afirmou que os juros de curto prazo estão subindo, mas o de longo prazo está controlado. Segundo ele, graças ao fato de o governo ter mantido a responsabilidade fiscal e ter reduzido gastos, embora tenha ficado “espremido contra a parede” com os golpes contra o teto de gastos.

Dólar foi tema de conversa com empresários

As afirmações do ministro foram feitas em uma live com Josué Gomes e Rafael Cervone, candidatos, em chapa única, à presidência e à primeira vice-presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), respectivamente.

Gomes e Cervone são apoiados pelo atual presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que fez, em seu discurso inicial, campanha para os dois. O caráter eleitoral também ficou claro nas primeiras declarações de Gomes e Cervone, que convocaram os industriais paulistas à votação, que ocorre dia 5 de julho.

Arrecadação deve crescer

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o aumento da arrecadação deve acontecer em linha com a expectativa de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), previsto no Boletim Focus, vai ser transformado em redução de impostos para famílias e empresas.

Guedes disse nesta quarta-feira que, nos anos anteriores, teve de evitar “armadilhas tributárias” que levariam ao aumento da carga tributária em meio a anos seguidos de recessão ou crescimento medíocre.

“Não fazia sentido propor alta de impostos em meio a cinco anos de crescimento medíocre. Com a economia crescendo 5%, a arrecadação está crescendo, vamos traduzir para queda de impostos.”(AE)

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra