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Preço do petróleo sobe com ataque dos EUA a rebeldes apoiados pelo Irã

Novo ataque dos Estados Unidos contra rebeldes houtis no Mar Vermelho agrava a tensão no Oriente Médio; confira os destaques do dia

Mercados no exterior operam em alta, em leve recuperação após ajuste nas expectativas sobre o início do corte de juros pelo Fed

Petróleo apresenta alta após novos ataques dos EUA a lançadores de mísseis rebeldes houthis (USD78,3/b; +0,48%). Foi a quarta ação dos Estados Unidos contra os rebeldes apoiados pelo Irã que atacam navios no Mar Vermelho, em meio às crescentes tensões entre Israel e o Hamas em Gaza, o que agrava risco de a guerra se espalhar ainda mais na região. O minério de ferro apresenta alta (USD129,4/t; +2,88%).

O Ibovespa apresentou queda de -0,60% no último pregão, cotado a 128.523,83 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 135.000 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 128.200. O próximo fica na faixa de 125.500 pontos.

O Dólar Futuro apresentou alta de +0,22% no último pregão, cotado a 4.946 pontos. O ativo se encontra em tendência neutra no médio e no curto prazo. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.820 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.745. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 4.990 e a segunda em 5.110.

Exterior:

Mercados no exterior operam em alta, em leve recuperação após ajuste nas expectativas sobre o início do corte de juros com discursos mais duros de dirigentes do BCE e Fed e dados mostrando atividade ligeiramente mais forte nos EUA. Serão divulgados dados de construção e permissão de construção de casas novas em dezembro nos EUA. Ao longo do dia falam Christine Lagarde, do BCE e Raphael Bostic, do Fed.

Doméstico:

De acordo com os jornais, Fernando Haddad discutirá MP da reoneração com Arthur Lira. Agenda de indicadores econômicos do dia é vazia.

Empresas:

Gerdau: Cia acordou a venda de sua participação de 49,85% na joint venture Gerdau Diaco e 50% na Gerdau Metaldom, ao Grupo Inicia, por US$ 325 milhões
EzTec: Vendas líquidas da EZTC caíram 35%, em comparação anual, no quarto trimestre
Siderurgia: De acordo com jornal, siderúrgicas e indústrias travam disputa em torno do aço importado, e governo pode ter de arbitrar: Estado
Petrobras: Lula e Jean Paul Prates participam à tarde de cerimônia para retomada de investimentos da Petrobras na refinaria Abreu e Lima – Empresa espera que a refinaria tenha sua capacidade de processamento de 100 mil barris para 260 mil barris

Agenda do Dia:

10:30 – EUA – Construção de casas novas/Dezembro
10:30 – EUA – Permissão de construção/Dezembro
10:30 – EUA – Cenário negócios Fed Filadélfia/Janeiro
10:30 – EUA – Pedidos de auxílio desemprego/semanal

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 128.524 (-0,60%)
S&P: 4.739 (-0,56%)
Dólar Futuro: R$4,95 (+0,22%)

Atualizações Safra:

Impressão inicial da proposta de combinação da 3R com a PetroReconcavo

De acordo com a imprensa local, um acionista da 3R enviou uma carta às diretorias da 3R e da PetroReconcavo propondo uma transação que combinaria a PetroReconcavo com os ativos onshore da 3R. Nossa impressão inicial, considerando os termos mencionados no artigo, é que o negócio proposto é positivo para os acionistas da 3R, já que o valor patrimonial considerado dos ativos onshore seria quase equivalente ao valor de mercado total atual da empresa e eles acabariam com uma participação de 50% em uma operação onshore maior e menos endividada (a empresa combinada), mantendo a participação na 3R offshore sem dívidas e a um custo virtualmente baixo. Também vemos isso de forma positiva para a PetroReconcavo, pois, apesar de incorporar os ativos com um prêmio em relação aos múltiplos de mercado (US$ 6,4/boe de reservas 2P contra o valuation atual de US$ 5,3/boe da 3R), ainda seria menor do que o múltiplo atual da RECV (US$ 7,1/boe).

A propriedade dos ativos de midstream atualmente pertencentes à 3R poderia permitir uma melhor precificação da produção de petróleo e menores custos de processamento de gás para a produção da empresa. As sinergias potenciais derivam da proximidade física dos campos e da redução das despesas gerais e administrativas. A proposta supostamente inclui a manutenção da administração da PetroReconcavo no comando da empresa combinada.
A nova empresa, a ser administrada pela equipe atual da PetroReconcavo, teria reservas 2P de 604 milhões de boe e produção de 50,5 mil boed em 2023. A dívida líquida/EBITDA seria de 1,9x, considerando os números do 3T23. Os ativos de mid e downstream atualmente pertencentes à 3R seriam incluídos no negócio. A 3R continuaria a ser listada como proprietária e operadora dos ativos offshore (Papa Terra e Peroá).

Eztec: Resultados suaves impulsionados por vendas de estoques abaixo do esperado

A Eztec relatou outro conjunto de resultados suaves em sua prévia operacional do 4T23, com os números ficando, em sua maioria, abaixo de nossas estimativas. De modo geral, o trimestre foi marcado pela ausência de lançamentos e por números de vendas de estoques fracos, o que se traduziu em um índice de velocidade de vendas trimestral pouco inspirador de 7%.

Nossa opinião. Esperamos uma reação negativa do mercado, dado o desempenho das vendas de estoque da empresa abaixo do esperado. Além disso, a Eztec ainda possui um dos maiores níveis de estoque do setor – 23 meses de vendas dos últimos 12 meses (ex Lindenberg Design Tower), o que pode continuar a pressionar seus futuros lançamentos.

Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações da empresa, principalmente devido ao seu valuation. A Eztec está sendo negociada a um atraente P/VP de 0,7x 2024E, 56% abaixo de sua média histórica de 5 anos, enquanto continuamos confiantes de que seu sólido balanço patrimonial deve resistir a qualquer desafio macroeconômico.

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