Peugeot e Fiat vão formar 4º maior montadora do mundo
Novo grupo formado pelas empresas terá mais de 400 mil funcionários e abrigará 14 marcas, como Maserati e Jeep
04/01/2021
Negócio foi aprovado por mais de 99% dos acionistas das duas empresas. Foto: Divulgação
Acionistas da Peugeot e da Fiat Chrysler Automobiles aprovaram nesta segunda-feira, 4, a fusão das empresas. Juntas, as duas vão formar a quarta maior montadora de veículos do mundo.
O negócio teve a aprovação com mais de 99% dos votos nos dois casos e deve gerar agora o grupo Stellantis.
O novo grupo formado pela francesa Peugeot e pela ítalo-americana Fiat Chrysler terá mais de 400 mil funcionários em todo o planeta e terá sob sua guarda 14 marcas como Maserati, Alfa Romeo, Jeep e Citroën.
Além de ser o quarto maior em unidades de veículos vendidas, o grupo Stellantis se tornará o terceiro em volume de negócios. A empresa ficará atrás apenas da japonesa Toyota e da alemã Volkswagen.
“Vamos desempenhar um papel de liderança na próxima década na redefinição da mobilidade, como nossos pais fundadores fizeram com grande energia”, disse o presidente da Fiat Chrysler, John Elkann.
Peugeot e Fiat Chrysler afirmaram esperar a conclusão da fusão já no início deste ano.
Peugeot e Fiat – união planejada
A união da Peugeot e Fiat era planejada desde 2018 e havia sido anunciada no fim de 2019.
Em dezembro, a Comissão Europeia deu sinal verde à fusão, com a condição de que os dois grupos preservassem a concorrência no setor de pequenas concessionárias, onde controlam grandes fatias de mercado.
No contrato de fusão, a Fiat Chrysler concordou em reduzir o valor de um dividendo excepcional pago a seus acionistas.
Por sua vez, a Peugeot decidiu vender 7% do fabricante francês de equipamentos Faurecia antes de distribuir o restante aos acionistas do grupo Stellantis. A participação do grupo chinês Dongfeng também será reduzida.
Há uma discordância interna, por parte do fundo Phitrust, que tem menos de 1% do capital do Peugeot e afirma que o acordo favorece a Fiat.
Nos documentos encaminhados às autoridades financeiras, Peugeot e Fiat consideram que a fusão custará 4 bilhões de euros (US$ 4,9 bilhões) e que a sinergia vai garantir a economia de até US$ 6,1 bilhões por ano ao longo do tempo.
Carlos Tavares, futuro CEO do Stellantis, afirmou no fim de 2019 que não está previsto o fechamento de fábricas.
(Com AE)
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